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Café arábica reage levemente na Bolsa de Nova York nesta 2ª após perdas recentes

por Notícias Agrícolas

As cotações futuras do café arábica encerraram a sessão desta segunda-feira (25) com leve alta na Bolsa de Nova York (ICE Futures US). O mercado externo do grão buscou acomodação depois de quedas consecutivas na semana anterior e com suporte importante do câmbio no dia.

O vencimento maio/19 encerrou o dia com alta de 35 pontos, a 94,25 cents/lb e o julho/19 anotou 96,90 cents/lb com 25 pontos de ganhos. O setembro/19 anotou 99,70 cents/lb com 30 pontos positivos e o dezembro/19 registrou 103,55 cents/lb com valorização de 30 pontos.

“Os preços do café arábica nesta segunda-feira reagiram com rally do real brasileiro ante o dólar, o que desencoraja as exportações dos produtores de café do Brasil e sugere suprimentos mais apertados”, destacou o site internacional Barchart nesta segunda-feira.

Depois de cair na semana passada e se reaproximar das mínimas de mais de 10 anos, o mercado do arábica na ICE retomou a alta nesta segunda-feira, mas oscilou dos dois lados da tabela, com mínima de 92,65 cents/lb e máxima de 94,90 cents/lb no maio/19, segundo o site Investing.

Às 16h42, depois do fechamento do café na ICE, o dólar comercial operava com queda de 1,05%, cotado a R$ 3,861 na venda, acompanhando melhora no exterior e de olho nas novidades sobre a reforma da Previdência. A moeda estrangeira mais baixa desencoraja as exportações das commodities.

Nos últimos dias, operadores negociavam em Nova York com as perspectivas de ampla oferta. Do outro lado, produtores de vários países do mundo, dentre eles o Brasil, maior produtor e exportador do mundo, relatam preços abaixo dos custos de produção.

Na Colômbia, por exemplo, segundo informou a federação dos cafeicultores do país, o governo do país concederá 60 bilhões de pesos (19,4 milhões de dólares) para dar suporte aos produtores do grão que estão enfrentando baixos preços e que lutam para se manter na atividade.

Mercado interno

O mercado brasileiro de café terminou a semana com negócios isolados e produtores indo às praças mais por necessidade do que pelos preços. “… Os recuos dos valores externos e do dólar pressionaram as cotações dos cafés arábica e robusta, o que tem mantido a liquidez baixa no mercado doméstico”, disse o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada).

O café tipo cereja descascado registrou maior valor em Poços de Caldas (MG) com saca a R$ 420,00 e queda de 0,47%. A maior oscilação no dia foi registrada em Varginha(MG) com queda de 2,44% e saca a R$ 400,00.

O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca a R$ 395,00 – estável. A praça de Varginha (MG) teve a oscilação mais expressiva com baixa de 1,28% e saca cotada a R$ 385,00.

O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação em Vitória (ES) com saca a R$ 442,00 – estável. A oscilação mais expressiva foi verificada em Lajinha (MG) e Oeste da Bahia, ambas com saca a R$ 385,00 e alta de 1,32%.

Na sexta-feira (22), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 389,35 e alta de 0,12%.

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