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Café arábica sobe mais de 100 pts nesta 5ª em NY com suporte cambial e números da OIC

por Notícias Agrícolas:

Os futuros do café arábica encerraram a sessão desta quinta-feira (03) com alta próxima dos 150 pontos na Bolsa de Nova York (ICE Futures US). O mercado acompanhou as oscilações do dólar ante o real e a revisão da OIC (Organização Internacional do Café).

O vencimento dezembro/19 teve alta de 145 pontos, cotado a 102,05 cents/lb e o março/20 anotou 105,65 cents/lb com 145 pontos de ganhos. O maio/20 avançou 145 pontos, a 107,95 cents/lb e o julho/20 teve valorização de 150 pontos, a 110,05 cents/lb.

O mercado externo do arábica voltou a oscilar dos dois lados da tabela na sessão desta quinta-feira. A alta, no entanto, segundo o site internacional Barchart e analistas, acabou prevalecendo diante da queda do dólar ante o real e dados da OIC.

Às 16h51, o dólar comercial tinha queda de 1,2%, cotado a R$ 4,085 na venda, na expectativa de corte de juros do Federal Reserve. O dólar mais baixo ante o real tende a desencorajar as exportações e dá suporte aos preços externos da variedade.

“O mercado lá fora está meio de lado. As moedas estão com um comportamento moderado e isso tende a refletir aqui também”, disse Flavio Serrano, economista-chefe do Banco Haitong para a agência de notícias Reuters.

As exportações de café verde no Brasil em setembro (21 dias úteis) totalizaram 2,693 milhões de sacas de 60 kg, com uma queda de 10% ante o mesmo período do ano passado, segundo a Secretaria Especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais (Secex), do Ministério da Economia.

Também deu suporte importante ao mercado a divulgação da OIC (Organização Internacional do Café) que apontou para uma revisão baixista, apesar de ainda apontar um superávit na safra 2018/19 global de café, com 4,05 milhões de sacas de 60 kg, diante de uma oferta de 168,87 milhões de sacas.

“O maior volume da oferta está refletido no aumento dos embarques nos onze primeiros meses do ano cafeeiro, durante os quais as exportações globais cresceram 9,2%, para 120,28 milhões de sacas, ultrapassando o volume total embarcado em 2017/18”, disse a OIC.

A OIC também reportou que as exportações globais de café caíram 4% em agosto em comparação com o mesmo período de 2018, totalizando 10,448 milhões de sacas. Nos primeiros 11 meses do ano safra 2018/19 (outubro de 2018 a abril de 2019), os embarques totalizam 110,158 milhões de sacas.

Mercado interno

Os preços dos principais tipos de café apresentaram oscilações mistas nesta quinta-feira, mas muitas praças de comercialização do país tiveram estabilidade. Não houve ganhos expressivos mesmo com o fechamento positivo no exterior. Analistas apontam que produtores vão ao mercado apenas em momento de necessidade de caixa.

O café tipo cereja descascado registrou maior valor em Guaxupé (MG) com saca a R$ 494,00 – estável. A maior oscilação ocorreu em Varginha (MG) com alta de 1,05% e saca a R$ 480,00.

O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca a R$ 450,00 – estável. A oscilação mais expressiva no dia foi em Varginha (MG) com avanço de 1,16% e saca a R$ 435,00.

O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação em Araguari (MG) (estável) e saca a R$ 450,00. A maior oscilação foi em Varginha (MG) com valorização de 1,15% e saca a R$ 440,00.

Na quarta-feira (02), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 437,29 e queda de 0,45%.

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