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Café arábica tem alta técnica nesta 2ª feira na Bolsa de NY após mínimas históricas

por Notícias Agrícolas:

As cotações futuras do café arábica encerraram a sessão desta segunda-feira (14) com altas de mais de 100 pontos na Bolsa de Nova York (ICE Futures US). O dia foi de ajustes técnicos depois de mínimas de 14 anos nos últimos dias e clima.

O vencimento dezembro/19 teve alta de 115 pontos, a 94,85 cents/lbp, e o março/20 anotou 98,45 cents/lbp com 110 pontos de ganhos. O maio/20 avançou 105 pontos, a 100,75 cents/lbp e o julho/20 teve valorização de 100 pontos, a 102,95 cents/lbp.

O mercado futuro do arábica registrou alta moderada desde o início dos trabalhos desta segunda-feira na ICE. Uma cobertura de posições vendidas favoreceu os ganhos depois de mínimas de 14 anos no final da semana, apesar de alta na sexta.

“A cobertura de posições vendidas foi desencadeada em decorrência das previsões meteorológicas que mostravam condições secas principalmente durante este fim de semana, embora a chuva seja esperada na próxima”, disse o Barchart.

As quedas dos últimos dias no terminal externo foram motivadas também por preocupações com as questões climáticas, após floradas, e as oscilações do dólar ante o real, que impactam diretamente nas exportações das commodities.

Nesta segunda-feira, o dólar comercial fechou o dia com alta de 0,87%, cotado a R$ 4,131 na venda, acompanhando maior cautela ante o exterior depois de preocipações com o crescimento da China e ainda as tensões entre o país asiático e EUA.

Segundo dados do Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil), as exportações do grão em setembro, café verde, solúvel e torrado & moído, tiveram o melhor resultado em cinco anos no período, totalizando 3,2 milhões de sacas de 60 kg.

A Safras & Mercado reportou que a comercialização da safra 2019/20 de café do Brasil chegou a 53% até o dia 08 de outubro, totalizando 31,03 milhões de sacas de 60 kg. As vendas avançaram seis pontos percentuais ante o último levantamento.

“As vendas antecipadas dão sustentação aos embarques nesse começo de temporada. E a recente puxada no dólar ajudou a destravar alguns negócios, embora as dúvidas produtivas tenham limitado um fluxo comercial mais intenso”, disse o analista da Safras, Gil Carlos Barabach.

Mercado interno

Nas praças de comercialização do Brasil, o dia foi de preços estáveis a mistos. “No mercado físico brasileiro de café, os negócios, que já vinham sendo fechados com dificuldades devido aos preços baixos oferecidos pelos compradores, travaram de vez e a semana foi bastante negativa”, destacou na sexta o Escritório Carvalhaes.

O café tipo cereja descascado registrou maior valor em Guaxupé (MG) com saca a R$ 465,00 – estável. A maior oscilação ocorreu em Espírito Santo do Pinhal (SP) com queda de 2% e saca a R$ 490,00.

O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca a R$ 430,00 e alta de 1,18%. A oscilação mais expressiva no dia foi em Varginha (MG) com recuo de 1,19% e saca a R$ 415,00.

O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação em Espírito Santo do Pinhal (SP) com saca a R$ 440,00 – estável. A maior variação ocorreu em Patrocínio (MG) com alta de 1,22% e saca a R$ 415,00.

Na sexta-feira (11), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 413,72 e alta de 0,44%.

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