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Café arábica testa reação em NY, mas fecha sessão desta 5ª com queda de 50 pts

por Notícias Agrícolas:

Os contratos futuros do café arábica encerraram a sessão desta quinta-feira (14) com queda de 50 pontos na Bolsa de Nova York (ICE Futures US). O dia foi de altas e baixas com o mercado em ajustes técnicos, de olho na oferta e também nas oscilações do dólar ante o real.

O vencimento maio/19 encerrou a sessão com queda de 50 pontos, a 97,15 cents/lb e o julho/19 anotou 99,80 cents/lb com 55 pontos de perdas. Já o setembro/19 anotou 102,45 cents/lb com recuo de 60 pontos e o dezembro/19 registrou 106,30 cents/lb com desvalorização de 65 pontos.

Depois de testar mínimas abaixo de 96 cents/lb, o mercado do arábica testou reação técnica em parte desta quinta-feira, estendendo os ganhos da véspera. Porém, no final dos trabalhos, o campo negativo voltou a ser registrado e o maio/19 fechou acima de 97 cents/lb.

“O suprimento abundante de café alimentou a liquidação dos fundos depois que dados do CeCafé mostraram na quarta-feira que as exportações brasileiras de arábica verde em fevereiro aumentaram 40,5% de um ano para o outro, para 3,1 milhões de sacas”, destacou o site internacional Barchart.

O Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil) informou ontem que as exportações totais de café (verde, solúvel e torrado & moído) em fevereiro totalizaram 3,4 milhões de sacas de 60 kg e receita de US$ 449 milhões. O volume no mês foi 36,3% superior a fevereiro de 2018.

“Os volumes de exportação de café apresentados em fevereiro, registram o segundo recorde mensal consecutivo e histórico, neste ano. Tudo indica que se continuarmos nessa performance, deveremos encerrar o ano cafeeiro próximo a 40 milhões de sacas, o que também será um recorde histórico”, disse Nelson Carvalhaes, presidente do Cecafé.

O câmbio também contribuiu para as perdas na sessão. O dólar comercial encerrou o dia com alta de 0,91%, cotado a R$ 3,8480 na venda. A moeda estrangeira mais alta em relação encoraja as exportações, mas em compensação pesa sobre os preços externos do grão.

Operadores nos últimos dias negociavam na ICE em meio às expectativas de ampla oferta global. Tradings e empresas do setor divulgaram recentemente produção no Brasil acima do último levantamento da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento).

Mercado interno

Os preços físicos do café voltaram a cair e ficaram abaixo de R$ 400,00 a saca nesta semana no Brasil, segundo o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada). “Nesse cenário, agentes seguiram retraídos e a liquidez”, apontou o órgão.

A consultoria Safras & Mercado apontou que a comercialização no país 80% do total projetado de 63,7 milhões de sacas de 60 kg. Ou seja, até o momento foram vendidas 50,78 milhões de sacas. O ritmo está mais lento ante a média histórica.

O café tipo cereja descascado registrou maior valor em Poços de Caldas (MG) com saca a R$ 428,00 – estável. A maior oscilação no dia ocorreu em Poços de Caldas (MG) com avanço de 0,71% e saca a R$ 427,00.

O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca a R$ 405,00 – estável.  A oscilação mais expressiva ocorreu em Varginha (MG) com alta de 1,28% e saca cotada a R$ 395,00.

O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação em Vitória (ES) com saca a R$ 442,00 – estável. A oscilação mais expressiva foi registrada em Varginha (MG) com alta de 1,30% e saca a R$ 390,00.

Na quarta-feira (13), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 398,22 alta de 0,67%.

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