A semana começou com valorização expressiva para o mercado futuro do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Future US). “As condições de seca no Brasil são otimistas para os preços do café, junto com a preocupação de que o furacão Iota chegue na América Central e prejudique as safras de café da região”, destacou o site internacional Barchart em sua análise diária.

Dezembro/20 teve alta de 640 pontos, valendo 115,65 cents/lbp, março/21 subiu 655 pontos, negociado por 118,75 cents/lbp, maio/21 teve alta de 645 pontos, valendo 120,55 cents/lbp e julho/21 encerrou com alta de 640 pontos, valendo 112,15 cents/lbp.

Héberson Vilas Boas Sastre, trader da Minasul, destacou a barreira de 114 centavos de dólar por libra-preso rompida durante este pregão, reforçando que os próximos dias para o mercado, no curto prazo, serão relacionados às condições dos cafezais nas principais regiões produtoras de arábica.

A agência Reuters destaca que a tempestade se aproxima em um momento em que a América Central ainda lida com a destruição massiva provocada pelo furacão Eta, que atingiu a região há duas semanas, causando inundações e deslizamentos de terra que mataram muitas pessoas em uma grande faixa que se estendeu do Panamá ao sul do México.

“A mesma região está se recuperando do furacão Eta, duas semanas atrás, que devastou a América Central com enchentes e deslizamentos de terra”, destacou o site internacional Barchart.

A segunda-feira (16) também foi de valorização para o mercado físico nas principais regiões produtoras do país.

O tipo 6 bebida dura bica corrida teve alta de 4,55% em Patrocínio/MG, valendo R$ 575,00, Guaxupé/MG registrou valorizaçao de 3,44%, negociado por R$ 602,00, Araguarí/MG teve alta de 3,45%, valendo R$ 600,00, Varginha/MG teve alta de 4,20%, negociado por R$ 620,00 e Franca/SP registrou valorização de 5,17%, valendo R$ 610,00.

O tipo cereja descascado teve alta de 7,94% em Varginha/MG, valendo R$ 680,00, Patrocínio/MG registrou valorização de 4,17%, negociado por R$ 625,00 e Guaxupé/MG teve alta de 3,20%, valendo R$ 645,00.

O dia também foi de valorização para as principais referências na Bolsa de Londres, para o mercado de café tipo conilon. Janeiro/21 teve alta de US$ 30 por tonelada, valendo US$ 1440, março/21 subiu US$ 30 por tonelada, valendo US$ 1449, maio/21 subiu US$ 27 por tonelada, valendo US$ 1457 e julho/21 encerrou com valorização de US$ 27 por tonelada, valendo US$ 1470.

Segundo a análise internacional, a Agência Nacional de Meteorologia do Vietnã, as Terras Altas Centrais do Vietnã, a maior região produtora de café do país, podem receber até 100-250 mm de chuva dos remanescentes da Tempestade Tropical Etau, que podem inundar as fazendas de café da região e reduzir a produção de café.

Além disso, o tufão Molave ​​no final do mês passado atingiu o Vietnã, o maior produtor mundial de café conilon, e danificou colheitas e infraestrutura nas Terras Altas Centrais do Vietnã, o que atrasará a colheita de café do Vietnã.