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Café e cacau terão marca única para impulsionar vendas no Peru

por CaféPoint:

No Peru, há mais de 155.000 produtores de café e 85.000 dedicados ao cultivo de cacau, ambos importantes na pauta de exportação agrícola do país. O problema, de acordo com o presidente Pedro Pablo Kuczynski, é a falta de um trabalho articulado. “Estive em uma feira de café em Tingo María e cada um tinha a sua marca, havia 400 marcas”, afirmou Pedro durante o lançamento da segunda fase da Aliança Cacau Peru.

No caso do café, ele considera necessário que haja mais organização e levantou a possibilidade de criar uma marca peruana para entrar melhor no mercado, como foi feito com o pisco. Por outro lado, ele ressaltou que poderia dobrar e até triplicar a produção de cacau.

O cultivo da folha de coca apenas prospera onde há poucas alternativas, particularmente em áreas como o Vale dos rios Apurímac, Ene e Mantaro (Vraem). “Temos que pensar o que pode ser feito lá, devemos colocar infraestrutura: escolas, estradas, a possibilidade de tomar as culturas e também pensar sobre que culturas e produtos. Tudo isso é possível”.

Wilson Sucaticona, emblemático produtor de café de Puno disse que a proposta de ter uma única marca é uma boa alternativa, especialmente para os pequenos produtores. Ele lembrou que no Peru existem cooperativas e produtores que por seus próprios esforços conseguiram desenvolver e vender marcas de origem no exterior.

É o caso de Tunkimayo, marca de cafés especiais impulsionada por Sucaticona e que foi considerado o melhor café do mundo de 2010, prêmio dado pela Specialty Coffee Association of America (SCAA).

Pedro Ñahui, produtor de café de San Francisco (Ayacucho), destacou a iniciativa e considerou que junto ao desenvolvimento da marca, deveria haver assistência técnica para os cafeicultores e produtores de cacau, a maioria dos quais são pequenos produtores.

Além disso, deve-se acelerar o plano de conversão de plantações de café, a fim de que não tenha mais o perigo de retorno da ferrugem. As exportações de café atingiram US$ 757 milhões no ano passado e sua produção líquida alcançou 500.000 toneladas. A expectativa é de aumento para 2017.

As informações são do La República/ Tradução por Juliana Santin

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