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Café é destaque nas exportações brasileiras

por CNA:

O café em grão foi o grande destaque da pauta de exportações do agronegócio brasileiro nos dois primeiros meses do ano, com receita de US$ 1,040 bilhão, alta de 48,4% em relação ao mesmo período de 2014. É o que mostra nota técnica da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), com base nos números da balança comercial do Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

Apesar do bom desempenho do café, as vendas externas dos dez principais produtos do setor destinados a outros países tiveram queda de 18,8% na receita com os embarques no acumulado de janeiro e fevereiro, totalizando US$ 6,8 bilhões. Além do café, apenas o açúcar refinado (11,8%) e o milho em grão (1,9%) tiveram variação positiva nas exportações este ano, na comparação com o primeiro bimestre do ano passado.

“Mesmo com uma taxa de câmbio mais favorável às exportações brasileiras, grande parte dos produtos apresentou variações negativas na comparação com 2014”, explica o estudo da CNA. O açúcar em bruto, segundo colocado na pauta de exportações, teve queda de quase 30% nas vendas externas este ano, na comparação com o início de 2014. Os embarques deste produto somaram US$ 896 milhões, contra US$ 1,2 bilhão no ano passado.

Segundo a CNA, o recuo das exportações de açúcar foi atribuído ao aumento dos estoques de açúcar em várias regiões do mundo e do crescimento da produção em países como Índia e Tailândia, que vêm disponibilizando maior volume desse produto nos mercados. Outro item com queda expressiva foi a soja em grão: 72,9% a menos em receita no bimestre, na comparação com os dois primeiros meses de 2014, totalizando US$ 381 milhões.

As carnes de frango e bovina também sofreram quedas nas exportações, no acumulado do ano. As vendas de carne de frango para outros mercados no começo de 2015 foram de US$ 851 milhões em receita, cifra 9,7% inferior à registrada no ano passado, no período janeiro/fevereiro. Já a carne bovina obteve US$ 654 milhões em vendas externas este ano, um valor 31,9% inferior àquele visto no mesmo período de 2014.

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