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Café: Em terceira sessão seguida de alta, preços em NY seguem acima de 190 cents/lbp

Por Notícias Agrícolas:

Postado em: 23/07/21

O mercado futuro do café arábica segue operando com ganhos expressivos, refletindo o frio e as preocupações com a oferta do Brasil. Essa é a terceira sessão seguida de valorização expressiva, que é acompanhada pelo mercado físico. Apesar dos preços mais altos, o produtor segue cauteloso e poucos negócios são fechados tanto no mercado futuro, como no mercado físico no Brasil.

Por volta das 12h03 (horário de Brasília), setembro/21 tinha alta de 1550 pontos, negociado por 191,50 cents/lbp, dezembro/21 tinha alta de 1545 pontos, negociado por 194,35 cents/lbp, março/22 tinha alta de 1520 pontos, valendo 196,25 cents/lbp e maio/21 era negociado por 196,70 cents/lbp, com valorização de 196,70 cents/lbp.

No começo da manhã, os contratos chegaram a avançar 10% em Nova York, atingindo a máxima de seis anos. Os danos ainda estão contabilizados por produtores e cooperativas, mas especialistas alertam que o frio foi muito mais intenso do que era previsto pelos modelos meteorológicos e que os impactos na produção do ano que vem podem ser significativos.

O analista de mercado Eduardo Carvalhaes comenta que as informações não param de chegar, o que impulsiona os preços no mercado futuro. “O que pode estar acontecendo nessa manhã é troca de posições na Bolsa. Normalmente é alguém recomprando posição, mas a certeza só teremos no fim do dia com a chegada de novas informações”, afirma.

O mercado também acompanha as previsões do tempo para os próximos dias. De acordo com os modelos meteorológicos, uma nova massa de ar frio deve entrar no Brasil e mais uma vez avançar para áreas do parque cafeeiro, aumentando ainda mais as preocupações.

Além das geadas, o potencial da safra 22, que na teoria seria de ciclo alto para o Brasil, já levantava incertezas para o setor, também em decorrência das adversidades climáticas. Nas últimas semanas, com a seca prolongada no parque cafeeiro, especialistas começaram a indicar que o cenário é ainda mais crítico do que o observado no ano passado, quando as chuvas já estavam abaixo do esperado.

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