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Café encerra com baixas em NY, mas na semana preços foram positivos, aponta CNC

por Notícias Agrícolas / CNC:

O mercado futuro do café arábica encerra semana com baixas nos principais contratos na Bolsa de Nova York (ICE Future US). Os preços do café nesta sexta-feira caíram pelo terceiro dia devido à preocupação de que a expansão global do coronavírus reduza a demanda por commodities, incluindo café.

Maio/20 teve desvalorização de 210 pontos, valendo 106,75 cents/lbp, julho/20 caiu 200 pontos, negociado por 108,45 cents/lbp, setembro/20 teve queda de 190 pontos, valendo 110,20 cents/lbp e dezembro/20 encerrou com queda de 180 pontos, valendo 112,60 cents/lbp.

Segundo o site Barchart, os preços do café voltaram aos piores níveis nesta manhã, depois que o real brasileiro ganhou em relação ao dólar. O real brasileiro nesta manhã subiu 0,50% em relação ao dólar, o que provocou uma cobertura abreviada no futuro do café, uma vez que um real mais forte desencoraja as vendas de exportação pelos produtores brasileiros de café.

Mercado Interno

O tipo 6 duro registrou queda de 3,57% em Guaxupé/MG, estabelecendo os preços por R$ 540,00. Poços de Caldas/MG teve baixa de 1,79%, valendo R$ 550,00. Patrocínio/MG registrou desvalorização de 1,83%, valendo R$ 535,00. Em Araguarí/MG a queda foi de 2,70%, precificado por R$ 540,00.

O tipo cereja descascado registrou baixa de 2,50% em Guaxupé/MG, valendo R$ 585,00. Poços de Caldas/MG teve baixa de 1,59%, cotado por R$ 620,00 e Patrocínio/MG registrou baixa de 1,68%, valendo R$ 585,00.

O tipo 4/5 teve baixa de 1,75% em Poços de Caldas/MG, valendo R$ 560,00. Varginha/MG manteve a estabilidade por R$ 535,00 e Franca/SP também não registrou variações, mantendo R$ 570,00.

Mesmo com instabilidade de mercados café sobe na semana, aponta CNC

Diante do cenário de volatilidade e de fortes recuos registrados nas principais bolsas mundiais, os contratos futuros do café apresentaram ganhos, até ontem, na comparação com o fechamento da última sexta-feira.

Segundo analistas, as altas de segunda e terça-feira, motivadas por movimentos de correção, sobrepuseram-se sobre as perdas de quarta e quinta, puxadas pela aversão ao risco e pela força do dólar, cenário que se intensificou a partir do anúncio de pandemia do novo coronavírus feito pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

O pânico global impactou fortemente a economia e fez o dólar comercial disparar, tendo rompido, no Brasil, a casa dos R$ 5 na quinta-feira, apesar das intervenções realizadas pelo Banco Central, que ofertou, em quatro leilões, US$ 1,8 bilhão para segurar a moeda. No fechamento, a divisa foi cotada a R$ 4,7857, acumulando ganhos semanais de 3,3%.

Na Bolsa de Nova York, o vencimento maio/2020 do contrato “C” encerrou o pregão de ontem a US$ 1,0885 por libra-peso, registrando alta semanal de 145 pontos. Na ICE Europe, o vencimento maio/2020 do café robusta subiu US$ 4 no período, negociado a US$ 1.249 por tonelada.

Em relação ao clima, a Somar Meteorologia menciona que, com a aproximação do outono e a concentração das instabilidades no Norte e no Nordeste do Brasil, a chuva vai perdendo força no Sudeste. O tempo firme predominará no sábado, mas, no domingo e começo da semana, ainda ocorrerão pancadas mais concentradas no período da tarde e de forma isolada e passageira.

No mercado físico, os preços acompanharam o desempenho internacional e se valorizaram na semana. Os indicadores calculados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) para as variedades arábica e conilon situaram-se em R$ 544,55/sc e R$ 318,04/sc, com ganhos, respectivamente, de 3,7% e 2,2%.

O Cepea comunica que, para o robusta, o cenário atraiu vendedores e compradores ao mercado, possibilitando a realização de negócios no spot e no futuro. Já em relação ao arábica, os atores permaneceram retraídos e a liquidez segue baixa.

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