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Café fecha pregão com valorização: dólar e clima sustentam preços em NY

por Notícias Agrícolas:

O mercado futuro do café arábica encerrou a sessão desta segunda-feira (6) com movimentações positivas para os principais contratos na Bolsa de Nova York (ICE Future US).

Maio/20 teve alta de 175 pontos, negociado por 116,65 cents/lbp, julho/20 subiu 140 pontos, valendo 117,90 cents/lbp, setembro/20 teve alta de 135 pontos, negociado por 118,95 cents/lbp e dezembro/20 subiu 140 pontos, encerrando as negociações por 120,20 cents/lbp.

Os contratos voltaram a subir após encerrar a última semana com quedas, mas ainda assim manter um cenário positivo para o setor cafeeiro. Os contratos futuros do arábica é uma das poucas commodities que ainda não foram impactadas de maneira severa pela pandemia do Covid-19. Apesar de baixas registradas, a falta de café de qualidade no mercado, incertezas com as embarcações e aumento de consumo doméstico da bebida, sustentam os preços em Nova York.

Na sessão desta segunda-feira, o dólar foi o responsável por manter os contratos em patamar positivo, após iniciar o pregão com baixas nos principais vencimentos.  O real subiu em relação ao dólar na segunda-feira, com sinais de que o Banco Central do Brasil pode estar perto de intervir nos mercados de câmbio em apoio ao real.

“O presidente do Banco Central do Brasil, Neto, alertou na segunda-feira que o banco central ficará de olho em qualquer tipo de disfuncionalidade no mercado que exija intervenção no mercado de moeda do banco central”, destacou o site internacional Barchart em sua análise diária. Neste dia 6 de abril, o dólar encerrou com baixa de 0,64% e cotado por R$ 5,292 na venda.

Além do câmbio, as análises apontam que o clima nas regiões produtoras do Brasil também influenciaram nas altas desta segunda. “Um fator de alta para os preços do café é a forte chuva no Brasil que pode atrasar a colheita do café. A Somar Meteorologia divulgou na segunda-feira que as chuvas em Minas Gerais, a maior região produtora de café arábica do Brasil, mediam 35,2 mm na semana passada, ou 141% da média histórica”, afirma.

No Brasil, o mercado físico operou próximo da estabilidade, apesar de registrar movimentações em algumas das principais produtoras do país.

O tipo 6 duro teve alta de 1,72% em Patrocínio/MG, negociado por R$ 590,00. Varginha/MG teve alta de 1,75%, negociado por R$ 580,00. Guaxupé/MG manteve a estabilidade por R$ 590,00, assim como Poços de Caldas/MG que não registrou variações, mantendo o valor de R$ 580,00.

O tipo 4/5 teve alta de 0,85% em Poços de Caldas/MG, valendo R$ 595,00. Varginha/MG registrou alta de 1,72%, negociado por R$ 590,00. Franca/SP manteve a estabilidade por R$ 590,00.

O tipo cereja descascado teve alta de 1,68%, em Varginha/MG, sendo negociado por R$ 605,00. Patrocínio/MG registrou valorização de 1,59%, negociado por R$ 640,00. Guaxupé/MG manteve a estabilidade por R$ 635,00.

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