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Café finaliza com baixas em NY e no físico brasileiro: Dia de realização liquidação de posição no exterior

por Notícias Agrícolas:

O mercado futuro do café arábica voltou a cair na Bolsa de Nova York (ICE Future US) nesta terça-feira (12). Apesar das baixas de mais de 300 pontos, Fernando Maximiliano, da FC Stone destaca que as movimentações podem ser consideradas técnicas. “Foram fundos fazendo a liquidação de posições, não teve uma ligação com fundamentos”, explica o analista.

Julho/20 registrou queda de 340 pontos, valendo 107,35 cents/lbp, setembro/20 teve queda de 330 pontos, valendo 108,55 cents/lbp, dezembro/20 teve queda de 310 pontos, valendo 110,35 cents/lbp e março/21 teve queda de 300 pontos, valendo 112,15 cents/lbp.

A pandemia do Coronavírus ainda pode impactar os mercados agrícolas, no entanto, o cenário é positivo para o café desde o início da pandemia. Comparado às demais commodities, os preços continuaram positivos e a tendência agora é que apresentem volatilidade, sendo influenciado pelas questões de clima na colheita do café no Brasil. “Existe uma preocupação que são as frentes frias, que pode estar impactando o mercado. E nós estamos em maio ainda, então esses novos eventos ao longo do inverno vai impactar bastante o cenário de café”, destaca.

Já o site internacional Barchart, os preços do café recuaram nesta terça-feira após a  Marex Spectron elevar sua estimativa global de superávit para 2020/21 para +2,0 milhões de sacas, ante uma previsão de fevereiro de +0,5 milhões de sacas, citando um crescimento mais lento do que o esperado na demanda de café devido ao Covid-19.

Ainda de acordo com a análise, o café arábica já estava na defensiva, pois o tempo seco no Brasil acelera o ritmo da colheita de café do país. “A Somar Meteorologia informou na segunda-feira que as chuvas em Minas Gerais, a maior região produtora de café arábica do Brasil, foram de apenas 2,5 mm na última semana, ou 27% da média histórica”, destaca.

Mercado Interno sustentado pelo dólar

Fernando destaca que o mercado físico brasileiro tem se sustentado na alta dólar, o que garante bons preços para o produtor. Nesta terça-feira, como de costume, o físico acompanhou o exterior e encerrou com baixas nas principais praças produtoras do país.

O tipo 6 duro teve queda de 2,43% em Guaxupé/MG, valendo R$ 602,00. Poços de Caldas/MG teve queda de 0,84%, valendo R$ 590,00. Campos Gerais/MG registrou desvalorização de 1,67%, negociado por R$ 590,00. Patrocínio/MG manteve a estabilidade por R$ 610,00. Araguarí/MG manteve o valor de R$ 600,00. Varginha/MG também manteve valor de R$ 600,00.

O tipo 4/5 teve baixa de 0,83% em Poços de Caldas/MG, valendo R$ 600,00. Varginha/MG manteve a estabilidade por R$ 610,00 e Franca/SP manteve o valor de R$ 620,00.

O tipo cereja descascado teve baixa de 2,27% em Guaxupé/MG, valendo R$ 645,00. Poços de Caldas/MG registrou queda de 0,74%, valendo R$ 675,00. Campos Gerais/MG teve desvalorização de 1,49%, negociado por R$ 660,00. Patrocínio/MG manteve estabilidade por R$ 660,00. Varginha/MG mante o valor de R$ 630,00.

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