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Café: Março/20 tem alta de 360 pts e encerra mais uma sessão expressiva em NY

por Notícias Agrícolas:

O mercado futuro do café arábica encerrou a sessão desta quinta-feira (5) com altas expressivas na Bolsa de Nova York (ICE Future US). Os principais contratos registraram elevações de até 360 pontos.

Dezembro/19 subiu 335 pontos, cotado a 123,95 cents/lbo, março/20 teve aumento de 360 pontos, cotado a 124,85 cents/lbp, maio/20 teve elevação de 350 pontos, cotado a 127,00 cents/lbp e julho/20 registrou alta de 340 pontos, cotado a 128,80 cents/lbp.

As altas acontecem depois de uma nova estimativa de safra ser divulgada pela Coex Coffee International, que afirmou na terça-feira (4)  que a safra brasileira de café estará mais próxima de 54 a 55 milhões de sacas, abaixo da previsão de 58 milhões de sacas do USDA.

Para o analista de mercado Eduardo Carvalhaes, do Escritório Carvalhes, as altas expressivas mais uma vez, fazem parte do cenário que o produtor de café vem encontrando há duas semanas de variações expressivas, após enfrentar os preços tão abaixo do esperando ao longo do ano.

Destaca ainda que por se tratar de um mercado de muita volatividade, vários fatores podem ter influenciado as altas. “Existe o sentimento de que o mercado está subindo porque o Brasil está embarcando bem e já sabemos que a próxima safra será de ciclo alto, porém abaixo da safra/2018”, explica.

Em 2019 o Brasil pode bater recorde de exportação com mais de 40 milhões de sacas. Segundo o analista o último recorde é de 2015, com cerca de 37 milhões de sacas exportadas. Os números de novembro ainda não foram divulgados, mas Eduardo acredita que serão significativos, já ficando perto de bater as exportações.

A exportação do café brasileiro, segundo Eduardo, é um ponto que chama atenção porque indica que o consumo da bebida continua em alta em todo o mundo, incluindo os países asiáticos que vem aumentando o consumo diário. “Antes o café era visto como um bebida das pessoas mais velhas e agora os jovens cada vez mais consomem o café, que se destaca também por ser uma bebida que faz bem para a saúde”, comenta.

Segundo Carvalhaes, os produtores têm aproveitado as altas nos preços, mas ainda fecham negócios de forma consciente e visando conseguir manter os compromissos como empréstimos e contas. Destaca ainda que o cenário é positivo quando comparado com os valores de negociação no restante do ano, mas que ainda são valores considerados normais. “Perto do valor que estava, é claro que o produtor se sente aliviado, mas ainda não é muito alto, é dentro da normalidade”, destaca.

No Brasil, o mercado interno acompanhou o exterior e também registrou algumas variações. Segundo Carvalhaes, as altas por aqui são mais tímidas, mas os negócios também são fechados.

O tipo 6 duro teve alta de 2,29% registrada em Guaxupé/MG, estabelecendo os preços por R$ 535,80. Em Poços de Caldas/MG a alta foi de 1,96%, por R$ 520,00. Já em Araguarí/MG a movimentação foi mais expressiva, com alta de 4,85% e precificado por R$ 540,00. Patrocínio/MG a alta foi de R$ 530,00.

O tipo 4/5 registrou alta de 1,92% em Poços de Caldas/MG, por R$ 530,00, Franca/SP subiu 1,85% com valor de R$ 550,00 e Varginha/MG manteve a estabilidade por R$ 525,00.

O tipo cereja descascado também registrou alta nas principais praças do país. Em Guaxupé/MG subiu 2,14%, por R$ 573,60. Em Poços de Caldas/MG a alta foi de 3,36%, mantendo os preços por R$ 615,00. Em Patrocínio/MG foi registrada baixa de 0,87%, estabelecendo o valor por R$ 570,00.

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