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Café: preço composto da OIC registra maior baixa em um ano

por P1 / Ascom CNC:

A Organização Internacional do Café (OIC) revelou, em seu relatório mensal sobre o mercado, que a tendência baixista das cotações registrada nos últimos meses prosseguiu em fevereiro. “O preço indicativo composto diário da OIC caiu para pouco menos de US$1,30, ou seja, mais de 50 centavos abaixo do pico de 185,09 centavos alcançado na alta mais recente, em outubro de 2014”, destaca a entidade.

Entretanto, apesar da pressão baixista, a instituição informou que a produção mundial está prevista em 142 milhões de sacas de 60 kg de café no ano safra 2014/15, ou 4,6 milhões a menos do que em 2013/14, sendo este o menor volume dos últimos três anos. “Com isso, o mercado cafeeiro se torna deficitário este ano, embora os estoques dos países produtores tenham, até agora, permitido uma continuação das exportações em ritmo acelerado”, observa a entidade.

CNC 4.3.15

De acordo com a OIC, os preços do café caíram muito em fevereiro devido à melhora do tempo no Brasil, fato que contribuiu para acelerar as vendas. O preço indicativo composto diário da Organização baixou de US$ 1,4825 para US$ 1,2875 por libra-peso, apresentado sua maior depreciação desde meados de fevereiro de 2014. A média mensal terminou em 141,10 centavos, 4,8% abaixo de janeiro e se tornando a mais baixa dos 12 últimos meses.

Quanto aos preços indicativos dos grupos, a maior redução foi observada nos Naturais Brasileiros, de 7,1%. Os Suaves Colombianos e os Outros Suaves caíram 6% e 5,8%, respectivamente, mas os Robustas subiram 0,4% em relação a janeiro, registrando 98,36 centavos, seu nível mais alto em três meses. “Isso, em parte, pode ser atribuído a um menor número de vendas do Vietnã durante o feriado do Ano Novo”, explica a Organização.

Com esses desempenhos divergentes das variedades, a OIC explica que a arbitragem entre Arábicas e Robustas diminuiu significativamente e, quase no final do mês, era de apenas 55 centavos, menos da metade do que em outubro de 2014. “Isso deve criar certa resistência à continuação das quedas dos preços dos Arábicas”, conclui a entidade.

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