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Café tem 0,69% de alta no acumulado semanal com problemas logísticos e quebra de safra do BR em foco

Por Notícias Agrícolas:

Postado em: 01/11/21

O mercado futuro do café arábica encerrou a semana com valorização para os principais contratos na Bolsa de Nova York (ICE Future US). A semana foi marcada foi bastante volatilidade nos preços, e apesar da valorização desta sexta-feira (29), no acumulado semanal o contrato referência, dezembro/22, registrou 0,69% de alta.

Dezembro/21 tinha alta de 400 pontos, valendo 203,95 cents/lbp, março/22 tinha alta de 395 pontos, cotado a 206,65 cents/lbp, maio/22 teve valorização de 375 pontos, valendo 207,20 cents/lbp e julho/22 tinha alta de 360 pontos, valendo 207,60 cents/lbp.

O retorno das chuvas no Brasil aliviou a condição de estresse hídrico, mas não recupera o potencial produtivo da safra do ano que vem. Segundo a Fundação Procafé, os impactos da seca prolongada e três geadas serão sentidos nos dois próximos dois ciclos e a expectativa para uma boa produção de café arábica para o Brasil fica para 2024.

Outro problema que tem dado suporte aos preços é o gargalo logístico que afeta todo setor, impedindo os embarques e a chegada dos insumos. No mês passado, a exportação de café do Brasil recuou mais de 20%, de acordo com o Cecafé, e não há expectativa de melhora até, pelo menos, o ano que vem.

Segundo analistas, o caos logístico acontece justamente em um momento que o consumo no exterior começa a ensaiar uma retomada após o pico da Covid-19. Os estoques certificados seguem registrando baixas e as preocupações se voltam também para a entrega do grão.

Na Bolsa de Londres, o café tipo conilon também encerrou com valorização. Janeiro/22 teve alta de US$ 37 por tonelada, valendo US$ 2214, março/22 teve alta de US$ 32 por tonelada, valendo US$ 2160, maio/22 registrou valorização de US$ 31 por tonelada, valendo US$ 2131 e julho/22 encerrou com alta de US$ 27 por tonelada, valendo US$ 2121. No acumulado semanal o contrato referência, janeiro/22 encerrou com alta de 0,87% em Londres.

“Sinais de chuva abundante no Vietnã, que podem aumentar os níveis de umidade do solo e a produtividade do café, são um fator de baixa para os preços do conilon”, destacou a análise do site internacional Barchart.

De acordo com a agência meteorológica nacional do Vietnã, o Planalto Central, a maior região produtora de café robusta do Vietnã, receberá de 10% a 20% mais chuva do que a média histórica deste mês. Além disso, a agência meteorológica nacional do Vietnã disse que a estação chuvosa pode se estender até o final de novembro, em vez de terminar no início de novembro.

No Brasil, o mercado físico teve um dia de valorização nas principais praças de comercialização do país.

O tipo 6 bebida dura bica corrida teve alta de 1,60% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.270,00, Poços de Caldas/MG teve alta de 1,18%, cotado a R$ 1.290,00, Patrocínio/MG teve alta de 1,16%, cotado a R$ 1.305,00, Araguarí/MG teve alta de 1,60%, valendo R$ 1.270,00, Varginha/MG registrou alta de 2,36%, valendo R$ 1.300,00, Campos Gerais/MG subiu 1,60%, valendo R$ 1.269,00 e Franca/SP teve alta de 0,79%, valendo R$ 1.280,00.

O tipo cereja descascado teve alta de 1,52% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.340,00, Poços de Caldas/MG teve alta de 1,06%, valendo R$ 1.430,00, Patrocínio/MG teve alta de 1,87%, valendo R$ 1.360,00, Varginha/MG teve alta de 2,27%, cotado a R$ 1.350,00 e Campos Gerais/MG teve valorização de 1,53%, valendo R$ 1.329,00.

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