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Café tem dia tranquilo e encerra com quedas técnicas em NY; Mercado interno operou com estabilidade

por Notícias Agrícolas:

O mercado futuro do café arábica encerrou a quarta-feira (8) sem grandes alterações nos preços na Bolsa de Nova York (ICE Future US). O dia foi marcado por movimentações técnicas após duas sessões de altas consecutivas no exterior.

Março/20 encerrou valendo 119,80 cents/lbp, com desvalorização de 10 pontos. Maio/20 registrou queda de 15 pontos, valendo 120,90 cents/lbp, setembro/20 encerrou com baixa de 20 pontos, valendo 122,15 cents/lbp e dezembro/20 encerrou com baixa de 15 pontos, valendo 123,55 cents/lbp.

O mercado teve um dia tranquilo após apresentar grande volatilidade nas últimas semanas, apesar do cenário ser considerado positivo por analistas diante todo o cenário do Coronavírus.  O café ainda não foi diretamente impactado pelo vírus, mas as incertezas de embarques e também o aperto de oferta e demanda neste momento de entressafra, além da queda do dólar nesta semana, sustentaram os valores em Nova York.

Ainda falando em Coronavírus, a Bloomberg divulgou nesta quarta-feira (8) que as maiores torrefadoras de café do mundo estão buscando antecipar os pedidos do Brasil. O Brasil é o maior produtor e exportador de café do mundo e as embarcações ainda não foram afetadas pelo Covid.

Segundo a publicação, Nestlé SA, Jacobs Douwe Egberts e Keurig Dr Pepper Inc. estão entre os compradores que solicitam o envio de alguns dos grãos de café antecipados e os  embarques de junho, seriam teoricamente enviados em abril, e os de julho, em maio. A Bloomberg manteve sigilo e não informou os créditos das informações.

O dólar encerrou mais uma sessão com quedas nesta quarta-feira, com baixa de 1,63% e cotado por R$ 5,143  na venda. Segundo a agência Reuters, O mercado reagiu à combinação entre oferta líquida de dólares pelo Banco Central do Brasil, junto a sinalização do BC de atuações no mercado quando necessário–, indicação pelo banco central dos EUA de que o juro por lá tende a permanecer baixo e decisão do senador norte-americano Bernie Sanders de suspender a campanha pela indicação presidencial democrata para as eleições deste ano.

O clima nas regiões produtoras do país também sustentou os preços no pregão.  A Somar Meteorologia divulgou na segunda-feira que as chuvas em Minas Gerais, a maior região produtora de café arábica do Brasil, mediam 35,2 mm na semana passada, ou 141% da média histórica.

“Um fator de apoio ao café robusta foi a previsão do Centro Nacional de Previsão Hidro-Meteorológica do Vietnã, em 17 de março, de que o Planalto Central do Vietnã, a maior região produtora de café do país, sofreu pouca chuva e provavelmente enfrentará a seca de abril”, destacou o site internacional Barchart.

No Brasil, o mercado interno também reagiu às altas das últimas sessões e o cenário é ainda mais apertado no quesito de oferta e demanda, tendo em vista que as cooperativas também já estão com os estoques quase zerados nas principais regiões produtoras do país.

O tipo 6 duro operou perto da estabilidade nas principais praças. Guaxupé/MG manteve a estabilidade por R$ 600,00. Poços de Caldas/MG registrou alta de 0,51%, valendo R$ 590,00. Patrocínio/MG manteve o valor de R$ 595,00. Araguarí/MG manteve o valor de R$ 600,00 e Varginha/MG manteve a estabilidade por R$ 590,00. Franca/SP também não registrou variações, cotado por R$ 600,00.

O tipo 4/5 subiu 0,50% em Poços de Caldas/MG, valendo R$ 600,00. Varginha/MG manteve a cotação por R$ 600,00 e Franca/SP não registrou alterações, valendo R$ 610,00.

O tipo cereja descascado teve alta apenas em Poços de Caldas/MG, valendo R$ 670,00. Guaxupé/MG manteve o valor de R$ 645,00. Patrocínio/MG manteve R$ 645,00 e Varginha/MG manteve a estabilidade por R$ 615,00.

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