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Café tem mais um de altas no físico e em NY motivadas pelas condições da América Central

por Notícias Agrícolas:

Postado em 19/11/20

O mercado futuro do café arábica encerrou o dia com valorização para os principais contratos na Bolsa de Nova York (ICE Future US).

Dezembro/20 teve alta de 355 pontos, valendo 119,75 cents/lbp, março/21 tevealta de 335 pontos, negociado por 112,85 cents/lbp, maio/21 teve alta de 335 pontos, valendo 124,70 cents/lbp e julho/21 registrou valorização de 325 pontos, valendo 126,15 cents/lbp.

De acordo com análise do site internacional Barchart, o mercado segue reagindo ao furacão Iota que atingiu a América Central na noite de segunda-feira (16). “Prevê-se que a chuva muito forte da tempestade danifique as plantações de café. A mesma região está se recuperando do furacão Eta, duas semanas atrás, que devastou a América Central com enchentes e deslizamentos de terra”, destacou a publicação.

O analista de mercado Fernando Maximiliano, da StoneX, reforça as preocupações com a América Central. “Temos relatos de ventos fortes, alagamentos e danos nas estradas. A América Central segue em período de colheita, um período crucial para a região e a chegada deste furação preocupa os agentes”, destaca o analista de mercado Fernando Maximiliano.

O analista destaca ainda que a América Central produz cafés lavados e semi-lavados, “os padrões que estiveram com oferta limitada durante parte do ano, o que foi notado pela queda nos estoques certificados da ICE em 2020”, comenta.

No Brasil, as condições das lavouras brasileiras dão suporte aos preços. Segundo o Barchart, A Somar Meteorologia informou nesta segunda-feira que as chuvas em Minas Gerais, a maior região produtora de café arábica do Brasil, foram de 44,3 mm na semana passada, ou apenas 87% da média histórica. Especialistas afirmam que as baixas para a próxima produção já são dadas como certas no Brasil, mas que ainda não é possível quantificar o tamanho da perda.

No Brasil, o mercado físico acompanhou o exterior e registrou valorização nas principais praças produtoras do país.

O tipo 6 bebida dura bica corrida teve alta de 4,92% em Araguarí/MG, valendo R$ 640,00, Poços de Caldas/MG teve alta de 3,45%, negociado por R$ 600,00, Guaxupé/MG registrou valorização de 2,49%, valendo R$ 617,00 e Patrocínio/MG encerrou com alta de 2,61%, valendo R$ 590,00.

O tipo cereja descascada teve alta de 3,15% em Poços de Caldas/MG, valendo R$ 655,00, Guaxupé/MG registrou alta de 2,33%, negociado por R$ 660,00, Patrocínio/MG teve alta de 2,40%, valendo R$ 640,00 e Campos Gerais/MG encerrou com alta de 3,40%, valendo R$ 669,00.

Já o café tipo conilon teve um dia de baixas para os principais contratos na Bolsa de Londres, após uma sessão de valorização também motivada pelo excesso de chuva no Vietnã. Os expressivos volumes de chuvas, segundo especialistas, podem atrasar em até um mês a colheita e afetar diretamente na qualidade da bebida.

Janeiro/21 teve queda de US$ 14 por tonelada, valendo US$ 1402, março/21 teve baixa de US$ 14 por tonelada, negociado por US$ 1409, maio/21 teve baixa de US$ 14 por tonelada, valendo US$ 1421 e julho/21 encerrou com queda de US$ 15 por tonelada, valendo US$ 1435.

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