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Cafeicultura brasileira teve sustentabilidade econômica na última década

por Embrapa Café:

O estudo ‘Avaliação da sustentabilidade econômica da cafeicultura’ realizado pela Organização Internacional do Café – OIC acerca da estrutura de custos da produção em países selecionados, como Brasil, Colômbia, Costa Rica e El Salvador, referente ao período de 2006 a 2016, demonstra que no nosso País os lucros operacionais nas principais regiões cafeicultoras foram continuamente positivos. Os principais fatores que contribuíram para a rentabilidade da produção foram o elevado nível de mecanização de sistemas produtivos e a desvalorização da moeda brasileira, os quais favoreceram a competitividade dos Cafés do Brasil nos mercados mundiais.

Com relação ao café arábica, as regiões produtoras do Brasil, objeto desse estudo da OIC, foram Franca, SP; Guaxupé, Manhuaçu, Patrocínio e São Sebastião do Paraíso, MG; Londrina, PR; Venda Nova do Imigrante, ES; e Luís Eduardo Magalhães, BA, município destacado pela Organização como exemplo de mecanização. E, em relação ao robusta, Pinheiros e São Gabriel da Palha, ES; e Rolim de Moura e Ji-Paraná, RO.  Modo geral, quanto à viabilidade econômica da produção de arábica e robusta, em várias regiões produtoras, a OIC constata que a rentabilidade das duas espécies apresenta ganhos, mas que há uma diferença expressiva na renda em diferentes municípios. Nesse caso, vale ressaltar que a adoção de tecnologias é que tem permitido a mecanização das lavouras e o consequente aumento de produtividade, competitividade e sustentabilidade.

A Avaliação da sustentabilidade econômica da cafeicultura compara ainda o preço indicativo composto da OIC com a estrutura de custos da produção de café nos países mencionados (Brasil, Colômbia, Costa Rica e El Salvador), e apresenta recomendações para garantir a viabilidade econômica da produção de café. Segundo a OIC, com exceção do Brasil, nos últimos 10 anos, a rentabilidade no curto prazo foi baixa na maioria dos países objeto do estudo, cujos produtores de café tiveram prejuízos em decorrência da redução de preços, principalmente a partir de 2012. Assim, vale a pena ler na íntegra esse estudo e conferir suas análises.

No contexto global da cafeicultura, a OIC aponta que desde março de 2015 o seu preço indicativo composto tem-se mantido abaixo de sua média de 10 anos de 137,24 centavos de dólar (dos EUA) por libra-peso. Para a Organização, essa redução gera preocupações com a viabilidade econômica do setor, a qual põe em risco os meios de subsistência dos produtores de café em muitos países e pode afetar negativamente a oferta de grão de alta qualidade. A OIC defende que políticas específicas precisam ser formuladas para que se possa resolver a questão da sustentabilidade econômica da produção e estabilizar a oferta de café no futuro.

Por fim, a OIC apresenta recomendações para garantir a viabilidade econômica da produção de café, entre elas, o “aumento da produtividade (por exemplo, por meio do uso mais eficiente de fertilizantes e de novas variedades) e a adoção de técnicas agronômicas modernas para mitigar os riscos de produção” que podem ser promovidas mediante o emprego de tecnologias geradas pela pesquisa cafeeira.

O estudo Avaliação da sustentabilidade econômica da cafeicultura, disponível no Observatório do Café do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café, apresenta várias outras análises, tais como avaliação dos preços do café, rentabilidade da cafeicultura, estudos de casos de países, tendências dos custos de produção, discussão dos resultados e recomendações

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