Entidade expôs preocupação dos exportadores de café com entraves internos e externos na logística devido a frequentes cancelamentos de bookings e aumento de custos

O Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) participou no dia 7 de julho, do Fórum Regional Sudeste Export 2021, um dos cinco foros locais que compõem o Brasil Export, espaço multisetorial e permanente de debates que reúne os principais nomes da cadeia de valor da infraestrutura portuária, do agronegócio e das operações logísticas.

Representando a entidade no evento, o diretor geral Marcos Matos participou do painel “A visão do setor produtivo sobre os desafios logísticos e a gestão dos portos do Sudeste” e fez uma apresentação sobre o desempenho das exportações brasileiras de café e as crescentes preocupações logísticas nos âmbitos interno e externo.

Matos também ressaltou a importância da diversificação de modais de transporte e a necessidade de adequar as estruturas portuárias para receber maiores embarcações, ampliando a capacidade na movimentação de cargas nos portos para o escoamento dos elevados volumes exportados pelo agronegócio brasileiro.

“Assim como o café, as exportações do agro demandam um replanejamento portuário que melhore os arranjos logísticos, otimize os processos, eleve a eficiência, aumente a capacidade e, principalmente, reduza os custos operacionais, garantindo competitividade ao setor”, revela Matos.

O diretor geral do Cecafé também destacou os gargalos logísticos para as exportações de café devido aos frequentes cancelamentos de bookings, à menor oferta de contêineres e aos desafios do aumento dos preços dos fretes internacionais no cenário de reabertura das economias.

“Com a demanda deixando de ser reprimida, diversos portos no mundo, principalmente nos Estados Unidos e na Ásia, operam com suas capacidades máximas, o que resulta em desbalanços no comércio global”, conclui.

Além de Matos, o painel “A visão do setor produtivo sobre os desafios logísticos e a gestão dos portos do Sudeste” contou com as contribuições de profissionais de Vale, Suzano, Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás e de Mauro Sammarco, conselheiro do Cecafé e presidente da Associação Comercial de Santos (ACS).