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Colheita atrasada, falta de chuva e previsão de frio movimentam mercado e café encerra com valorização

Por Notícias Agrícolas:

Postado em: 28/06/21

O último pregão foi de valorização para o mercado futuro do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Future US). As condições do tempo no parque cafeeiro no Brasil voltaram a dar suporte para os preços.

Setembro/21 teve alta de 440 pontos, valendo 157,80 cents/lbp, dezembro/21 registrou valorização de 440 pontos, valendo 160,65 cents/lbp, março/22 registrou valorização de 435 pontos, negociado por 163,20 cents/lbp e maio/21 teve alta de 430 pontos, valendo 164,45 cents/lbp.

“Os preços do café viram apoio na sexta-feira depois que Safras & Mercado relatou na quinta-feira que a safra de café de 2021/22 do Brasil foi 40% concluída em 22 de junho, o que foi um pouco mais lento do que o ritmo do ano passado de 41% e a média de 5 anos de 44%”, destacou a análise internacional do site Barchart. A publicação destaca ainda que no entanto, a colheita geralmente segue bem com o tempo seco, facilitando a colheita e o processamento dos grãos de café.

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Já o analista de mercado Haroldo Bonfá, da Pharos Consultoria, as altas desta sessão acontecem devido ao tempo que continua muito seco no Brasil e a previsão de frio no parque cafeeiro na próxima semana. De acordo com as previsões do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), uma massa de ar frio entra no Brasil a partir de domingo, derrubando as temperaturas de norte a sul. Nas áreas cafeeiras, Paraná, São Paulo e Minas Gerais têm previsão de declínio de mais de 10ºC, com risco de geada moderada no Paraná e intensidade fraca em São Paulo e Minas Gerais.

Com as altas deste pregão, o café devolveu parte das baixas registradas durante a semana. O contrato setembro/21, principal referência no mercado, encerra a semana com valorização de 3,75% no acumulado semanal.

Na Bolsa de Londres, o café tipo conilon também finaliza a semana com valorização. Setembro/21 teve alta de US$ 29 por tonelada, valendo US$ 1679, novembro/21 teve alta de US$ 24 por tonelada, valendo US$ 1693, janeiro/22 teve alta de US$ 19 por tonelada, negociado por US$ 1699 e março/22 teve alta de US$ 17 por tonelada, valendo US$ 1705.

Os preços do café conilon estão recebendo apoio contínuo devido à preocupação com a redução no fornecimento de café robusta do Vietnã, o maior produtor mundial de robusta. “A falta de contêineres na Ásia limitou as exportações de robusta do Vietnã. O Escritório Geral de Estatísticas do Vietnã informou na quinta-feira passada que as exportações de café do Vietnã de janeiro a maio caíram -12%”, voltou a destacar o site internacional Barchart.

No Brasil, o mercado físico acompanhou o exterior e também finalizou com valorização.

O tipo 6 bebida dura bica corrida teve alta de 1,80% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 847,00, Poços de Caldas/MG teve alta de 1,84%, negociado por R$ 830,00, Varginha/MG teve alta de 0,58%, negociado por R$ 860,00, Campos Gerais/MG teve alta de 1,79%, valendo R$ 854,00 e Franca/SP teve alta de 2,44%, negociado por R$ 840,00.

O tipo cereja descascado teve alta de 1,69% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 900,00, Poços de Caldas/MG teve alta de 1,78%, negociado por R$ 860,00, Varginha/MG teve alta de 0,56%,

 

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