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Com alta acima de 100 pts nesta 5ª feira, cotações do arábica em NY voltam ao patamar de US$ 1,20/lb

por Notícias Agrícolas:

Após seguidas sessões de queda nos últimos dias, os futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US), referência para os negócios no Brasil, fecharam com alta acima de 100 pontos pela segunda sessão consecutiva nesta quinta-feira (29). A desvalorização cambial acabou dando suporte ao mercado, mas o clima no Brasil permanece no foco dos operadores.

Os lotes de café arábica para dezembro/15 encerraram a sessão de hoje cotados a 120,30 cents/lb, o março/16 teve 123,65 cents/lb, já o maio/16 anotou 125,70 cents/lb e o julho/16 registrou 127,65 cents/lb. Todos os vencimentos tiveram valorização de 120 pontos em relação à sessão anterior.

De acordo com o analista do Escritório Carvalhaes, Eduardo Carvalhaes, a valorização na sessão de ontem representa um ajuste após as recentes quedas em Nova York. A desvalorização do dólar ante o real também acaba dando suporte aos preços no terminal externo. “Os analistas estrangeiros relatam que as chuvas já foram precificadas pelo mercado. No entanto, não acredito que essa alta represente uma reversão de tendência”, explica Carvalhaes.

A moeda norte-americana na cotação comercial fechou esta quinta-feira com queda de 1,68%, a R$ 3,8541 na venda. Enquanto isso, o vencimento março/16 subiu 0,98% em relação à quarta-feira, dia 28.

O clima nas principais regiões produtoras do Brasil continua no foco dos operadores. Mapas climáticos da Somar Meteorologia apontam que o clima deve permanecer instável nas regiões produtoras de café nos próximos dias, com chuvas beneficiando as áreas produtoras de café de Minas Gerais, São Paulo e centro e sul do Espírito Santo. Nos primeiros dias de novembro, os volumes prometem ser bem mais elevados para São Paulo e centro e sul de Minas.

Os cafeicultores brasileiros relatam que, apesar da melhora nas condições climáticas no cinturão produtivo, que amenizou um pouco os ânimos dos produtores, algumas lavouras do Sul de Minas Gerais perderam todo o potencial produtivo para a próxima temporada. A florada foi danificada pelas altas temperaturas e falta de umidade no solo. No entanto, ainda não é possível quantificar os prejuízos. Este pode ser o terceiro ano consecutivo de quebra na safra.

Agências internacionais de notícias reportam que os participantes no mercado têm feito algumas rolagens de posição na bolsa norte-americana, antes da notificação para entrega do contrato dezembro/15, que começa em 19 de novembro. Nesta quarta-feira, o dezembro/15 tinha em aberto 88.019 lotes e o março/16 possuía 51.227 contratos de um total de 197.727 lotes.

Mercado interno

No mercado físico brasileiro acontecem negócios de oportunidade, a maior procura continua pelos cafés de melhor qualidade. “Em um país como o Brasil sempre acabam saindo negócios, mas só aparece mesmo no mercado, neste momento, o produtor que precisa fazer caixa”, explica Eduardo Carvalhaes.

O tipo cereja descascado continua com maior valor de negociação na cidade de Guaxupé (MG) com R$ 541,00 a saca e queda de 0,92%. A maior oscilação no dia foi registrada em Poços de Caldas (MG) onde a saca subiu 4,49%, cotada a R$ 535,00.

O tipo 4/5 teve maior valor de negociação também em Guaxupé (MG) com R$ 541,00 a saca e 0,92% de desvalorização. A maior oscilação no dia aconteceu em Poços de Caldas (MG) com 2,32% de baixa e R$ 486,00 a saca.

O tipo 6 duro continua com maior valor de negociação na cidade de Araguari (MG) com R$ 500,00 a saca – estável. A maior variação no dia aconteceu em Poços de Caldas (MG) com avanço de 1,50% e saca cotada a R$ 475,00.

Na quarta-feira (28), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 registrou alta de 0,74% e a saca de 60 kg está cotada a R$ 468,66.

Bolsa de Londres

As cotações do café robusta na Bolsa de Londres (ICE Futures Europe), antiga Liffe, fecharam com alta expressiva nesta quinta-feira. O vencimento novembro/15 encerrou a sessão cotado a US$ 1560,00 por tonelada com avanço de US$ 20, o janeiro/16 teve US$ 1602,00 por tonelada com US$ 25 de alta, enquanto o contrato março/16 registrou US$ 1610,00 por tonelada com valorização de US$ 20.

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