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Com dia de realização de lucros, café em NY tem baixas de mais de 400 pontos

por Notícias Agrícolas:

Falta de café no mercado pode fazer com que os preços voltem a subir nos próximos dias

Após seis sessões de altas consecutivas, o mercado futuro do café arábica encerrou esta quinta-feira (26) com baixas de mais de 400 pontos nos principais contratos. O cenário, de acordo com analista, é de um dia de realização de lucros após tantas movimentações expressivas.

Maio/20 teve queda de 530 pontos, negociado por 124,65 cents/lbp. Julho/20 teve queda de 480 pontos, valeendo 124,15 cents/lbp, setembrp/20 registrou queda de 435 pontos, negociado por 124,60 cents/lbp e dezembro/20 encerrou com desvalorização de 405 pontos, sendo negociado por 125,15 cents/lbp.

Apesar das quedas chamarem atenção, para o analista de mercado Haroldo Bonfá, da Pharos Consultoria, a falta de café no mercado pode fazer com que os preços continuem subindo nos próximos dias, apesar das incertezas por conta do Coronavírus. “Não há dúvidas que esse susto que os trabalhadores de Santos nos deram, impulsionou o mercado”, comenta o analista se referindo ao pedido de paralisação dos trabalhadores no início desta semana.

O consumo mundial também tem influenciado diretamente nos preços, nos útimos dias a Starbucks anunciou o fechamento de mais de 8 mil lojas. Já para o consumo interno, o analista acredita que o Brasil não sofrerá tantos impactos caso a situação seja resolvida o mais rápido possível. “Nós estamos bem abastecidos, o supermercado tem café e o pessoal está bem estocado. O consumo de café, além de suportar todas as manobras de café, as pessoas não podem ficar sem café”, afirma o analista.

No Brasil, o mercado interno que passou por um período de poucos negócios nos últimos meses, muito devido pelos preços abaixo do esperado pelo produtor, também aproveitou as últimas altas e os negócios voltaram a acontecer. Nesta quinta-feira (26), o mercado acompanhou o exterior e também encerrou com movimentações.

O tipo 6 duro registrou queda de 1,68%, valendo R$ 585,00 em Guaxupé/MG. Poços de Caldas/MG registrou baixa de 1,69%, valendo R$ 580,00 e Patrocínio/MG encerrou com desvalorização de 0,85%, valendo R$ 585,00. Varginha/MG finalizou o pregão com alta de 3,33%, sendo negociado por R$ 620,00.

O tipo cereja descascado teve queda de 1,56% em Guaxupé/MG, cotado por R$ 630,00. Poços de Caldas/MG encerrou com baixas de 1,49%, valendo R$ 660,00. Patrocínio/MG teve queda de 0,78%, negociado por R$ 635,00. Varginha/Mg encerrou com valorização de 6,35%, negociado por R$ 670,00.

O tipo 4/5 teve queda de 1,67% em Poços de Caldas/MG, por R$ 590,00. Franca/SP encerrou com queda de 1,61%, valendo R$ 610,00. E Varginha/MG encerrou com valorização de 3,28%, valendo R$ 630,00.

Café arábica fecha em forte queda na ICE

NOVA YORK/LONDRES (Reuters) – Os contratos futuros do café arábica negociados na ICE terminaram esta quinta-feira em forte queda, depois de registrarem no início da sessão uma máxima de dois meses e meio.

Já os futuros do açúcar branco, cujas operações ocorrem em Londres, avançaram mais de 3%, impulsionados por possíveis interrupções de embarques na Índia.

CAFÉ

* O contrato maio do café arábica fechou em queda de 5,30 centavos de dólar, ou mais de 4%, a 1,2465 dólar por libra-peso.

* O vencimento chegou a tocar uma máxima de dois meses e meio (1,3065 dólar) no início da sessão, mas reverteu o curso durante o dia e fechou em baixa pela primeira vez desde 17 de março.

* “O mercado está tentando entender as coisas, temos muito a avaliar”, disse um operador nos Estados Unidos, fazendo referência a toda incerteza verificada nos mercados, que tem causado a volatilidade nos preços. “Não apenas a pandemia, mas todo mundo está trabalhando em lugares diferentes, com muita coisa na cabeça, não é confortável.”

* O café robusta para maio recuou 18 dólares, ou 1,6%, para 1.241 dólares por tonelada.

* Os preços do café no Vietnã, maior produtor de robusta do mundo, subiram nesta semana, com traders estocando a commodity após uma escassez de oferta no rival Brasil por causa da pandemia de coronavírus, disseram operadores.

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