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Com influência do financeiro, Bolsa de NY fecha em baixa pela segunda sessão consecutiva nesta 4ª feira
Com influência do financeiro, Bolsa de NY fecha em baixa pela segunda sessão consecutiva nesta 4ª feira
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Com influência do financeiro, Bolsa de NY fecha em baixa pela segunda sessão consecutiva nesta 4ª feira

por Notícias Agrícolas: O financeiro volta a pesar com força sobre o mercado do café. Nesta quarta-feira (24), as cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) caíram mais de 200 pontos nos principais vencimentos e estenderam as perdas da sessão anterior. Com isso, a posição março/16 que chegou a US$ 1,19 por libra-peso no início da semana voltou a US$ 1,15/lb. De acordo com o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães, um misto de insegurança em relação ao crescimento chinês e a queda nos preços do petróleo azedaram de vez o humor especulativo global. "No caso do Brasil, a situação foi ainda mais complexa já que a agência de risco Moody's rebaixou os títulos brasileiros e tirou o selo de bom pagador do país", pondera. O vencimento março/16 encerrou a sessão cotado a 115,05 cents/lb com baixa de 275 pontos, o maio/16 teve 117,00 cents/lb com recuo de 225 pontos. Já o contrato julho/16 registrou 118,85 cents/lb com desvalorização de 215 pontos, enquanto o setembro/16 anotou 120,50 cents/lb com 200 pontos negativos. Com a retirada do selo de bom pagador do Brasil pela Moody's, o dólar comercial chegou a avançar quase 1% nesta quarta-feira e voltou ao patamar de R$ 4, o que acabou contribuindo para pressionar às cotações do arábica no terminal externo uma vez que dá maior competitividade às exportações. No entanto, no final dos trabalhos, a moeda acabou fechando com queda de 0,15%, cotada a R$ 3,9568 na venda. Para Marcus Magalhães, apesar da queda nas cotações do arábica ontem na ICE, o mercado conseguiu respeitar importantes suportes. "A sensação entre os envolvidos é de que o cenário não é de reversão de tendência, mas sim de ajustes técnicos. Continuo de opinião, independente do rebaixamento do Brasil, caso o humor global melhore, o ativo café será o primeiro a responder positivamente", explica o analista. Conforme informamos na terça-feira, as agências internacionais de notícias também atribuem a queda nas cotações do arábica nesta quarta-feira à expectativa de uma grande safra 2016/17 no Brasil, uma vez que não haveria chances de um desequilíbrio entre oferta e demanda no mercado. No cinturão produtivo do Brasil, os relatos são de que a safra que deve começar a ser colhida mais cedo neste ano tem se desenvolvido bem. De acordo com mapas da Somar Meteorologia, espera-se até sábado uma condição climática tipicamente tropical com calor e pancadas de chuva durante as tardes no Paraná, São Paulo e Sul de Minas Gerais. Já no domingo, o acumulado de chuva volta a aumentar nestas três áreas. Mercado interno Nas praças de comercialização do Brasil, os negócios com café seguem isolados e com os vendedores distantes do mercado no aguardo de melhores patamares. "O setor produtivo continua arredio a conversas mercadológicas deixando o dia a dia do negócio café dentro de um grande vazio", afirma Marcus Magalhães. O tipo cereja descascado teve maior valor de negociação hoje nas cidades de Espírito Santo do Pinhal (SP) e Varginha (SP) com R$ 550,00 a saca, preço estável na primeira e alta de 1,85%. A maior oscilação no dia foi registrada em Poços de Caldas (MG) com avanço de 1,88% e saca cotada a R$ 541,00. O tipo 4/5 teve maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com R$ 544,00 a saca e baixa de 1,81%. Foi a maior oscilação no dia dentre as praças. O tipo 6 duro teve maior valor de negociação em Varginha (MG) com R$ 515,00 a saca e alta de 0,98%. A maior oscilação no dia ocorreu em Guaxupé (MG) com recuo de 1,97% e saca a R$ 497,00. Na terça-feira (23), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 494,74 com alta de 0,03%. Bolsa de Londres As cotações do café robusta na Bolsa de Londres (ICE Futures Europe), antiga Liffe, voltaram a cair nesta quarta-feira. O contrato março/16 registrou US$ 1332,00 por tonelada e queda de US$ 30, o maio/16 teve US$ 1369,00 por tonelada e recuo de US$ 28, enquanto o julho/16 anotou US$ 1398,00 por tonelada e desvalorização de US$ 29. Na terça-feira (23), o Indicador CEPEA/ESALQ do café conillon tipo 6, peneira 13 acima, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 393,19 com queda de 0,44%.