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Com queda de quase 200 pts, Bolsa de Nova York volta a se aproximar do patamar de US$ 1,15/lb

por Notícias Agrícolas:

Os contratos futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam em baixa pela terceira sessão consecutiva nesta terça-feira (22). O mercado sente a pressão do câmbio e da expectativa de uma melhor produção no Brasil na próxima temporada. Com esta baixa de quase 200 pontos, os principais vencimentos se distanciam ainda mais do patamar de US$ 1,20 por libra-peso e se aproximam de US$ 1,15/lb.

Os lotes para entrega em dezembro/15 registraram hoje 115,30 cents/lb com recuo de 195 pontos, mas chegaram a tocar durante a sessão o menor patamar em 20 meses. O março/16 teve 118,60 cents/lb e 200 pontos negativos, o maio/16 encerrou negociado a 121,00 cents/lb com recuo de 185 pontos. O contrato julho/16 fechou o pregão cotado a 123,00 cents/lb com 175 pontos de desvalorização.

Nesta terça-feira, o dólar alcançou o nível mais alto na história com R$ 4,05. Os investidores ainda seguem atentos as incertezas na situação fiscal e econômica do Brasil, e na perspectiva de alta de juros nos Estados Unidos. A moeda fechou o pregão cotada a R$ 4,0538 reais com 1,83% de alta.

O dólar mais valorizado ante o real acaba encorajando as exportações da commodity e aumentando a receita em dólar. Com isso, os agentes em Nova York acabam derrubando as cotações.

“Para amanhã é possível que a adrenalina nos mercados continue a prevalecer, já que não há no front, nenhum fato novo que tenha força e determinação suficiente para mudar o perfil e o humor das cotações”, afirma o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães.

Traders acreditam que nos próximos dias o vencimento dezembro/15 possa buscar o nível de 115,00 cents/lb. Esta situação pode abrir espaço para liquidações mais efetivas.

No aspecto fundamental, as floradas recentes nas principais regiões produtoras do Brasil, em um primeiro indício de como será a safra 2016, também acaba contribuindo para a desvalorização das cotações do arábica no mercado externo. A expectativa é boa após dois anos de safras decepcionantes.

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