NOTÍCIAS

Com subida do dólar, cotações do arábica na Bolsa de NY fecham com leve queda nesta 5ª feira

por Notícias Agrícolas:

Aguardando a confirmação de uma safra 2016/17 mais alta no Brasil, podendo chegar a 49 milhões de sacas de 60 kg, as cotações do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US), referência para os negócios no Brasil, fecharam com leve queda nesta quinta-feira (10) com o dólar impactando na composição de preços no terminal externo. Ainda assim, os contratos com entrega para o ano que vem continuam próximos de US$ 1,30 por libra-peso.

Os lotes com vencimento para março/16 fecharam a sessão de hoje cotados a 126,35 cents/lb com baixa de 45 pontos. O maio/16 anotou 128,40 cents/lb e o julho/16 teve 130,35 cents/lb, ambos com queda de 50 pontos. Já o contrato setembro/16 registrou 132,15 cents/lb com desvalorização de 55 pontos.

Com a proximidade do final do ano e com poucas novidades fundamentais, as cotações do café arábicas em Nova York têm sido impactadas principalmente pelo câmbio, que influencia nas exportações da commodity. Nesta quinta-feira, o dólar comercial avançou 1,70% ante o real, cotado a R$ 3,8005 na venda. A moeda estrangeira reagiu diante da possibilidade da Moody’s tirar o selo de bom pagador internacional do Brasil.

Apesar da leve queda nas cotações do arábica hoje no terminal norte-americano, o analista de mercado Gilson Fagundes acredita em níveis melhores para 2016. “O mercado está sem notícias e com baixo volume de negócios. Os envolvidos já esperam uma safra 2016/17 melhor para o Brasil. No entanto, ainda aguardam números mais concretos sobre os embarques do Brasil e outras origens produtoras”, afirma.

Em novembro, o Rabobank estimou preços na casa de US$ 1,30/lb no início de 2016 para o café arábica no terminal externo, patamar bem próximo do registrado hoje para os principais vencimentos. O banco estrangeiro, inclusive, elevou em 800 mil sacas, para 2,7 milhões, sua previsão de déficit na produção mundial de café em 2015/16, citando os efeitos do El Niño, que está ligado à seca em alguns dos principais países produtores do grão.

Mercado interno

De acordo com Gilson Fagundes, o mercado interno tem registrado baixo volume de negócios e há maior procura nas praças de comercialização pelos tipos de qualidade. Segundo o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da ESALQ/USP), os preços do café arábica reagiram neste início de mês. No acumulado parcial deste mês, o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 bebida dura para melhor, posto na capital paulista, foi para R$ 483,48/saca de 60 kg na quarta-feira, reação de 3,9%.

O tipo cereja descascado teve maior valor de negociação hoje na cidade de Guaxupé (MG) com saca cotada a R$ 562,00 e avanço de 0,54%. A maior oscilação no dia foi registrada em Espírito Santo do Pinhal (SP) com valorização de 1,85% e saca a R$ 550,00.

O tipo 4/5 também teve maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com R$ 567,00 a saca e alta de 0,53%. A maior variação no dia dentre as praças ocorreu em Poços de Caldas (MG) com valorização de 1,81% e saca cotada a R$ 505,00.

O tipo 6 duro teve maior valor de negociação na cidade de Varginha (MG) com R$ 510,00 a saca – estável. A maior oscilação no dia ocorreu em Franca (SP) com queda de 1,96% e saca cotada a R$ 500,00.

Na quarta-feira (8), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 483,48 e alta de 0,66%.

Bolsa de Londres

As cotações do café robusta na Bolsa de Londres (ICE Futures Europe), antiga Liffe, mais uma vez fecharam praticamente estáveis. O contrato janeiro/16 teve US$ 1524,00 por tonelada com recuo de US$ 2, o março/16 registrou US$ 1551,00 por tonelada e o vencimento maio/16 teve US$ 1578,00 por tonelada, ambos com desvalorização de 4 pontos.

Na quarta-feira (9), o Indicador CEPEA/ESALQ do robusta tipo 6, peneira 13 acima, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 380,46 com alta de 0,13%.

Notícias Relacionadas