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Comercialização da safra 2015/16 de café do Brasil está em 83%

por Agência Safras:

A comercialização da safra de café do Brasil 2015/16 (julho/junho) está em 83% da produção total estimada, relativa ao final de janeiro. O dado faz parte de levantamento de SAFRAS & Mercado.

Porto Alegre, 19 de fevereiro de 2016 – Com isso, já foram comercializados pelos produtores brasileiros 41,12 milhões de sacas de 60 quilos de café, tomando-se por base a projeção de SAFRAS & Mercado, de uma safra 2015/16 de café brasileira de 49,3 milhões de sacas.

A comercialização está adiantada contra a média dos últimos 5 anos para este período, que é de 75%. Em 2015, o mês de janeiro terminou com 79% da safra comercializada. Houve, ainda, avanço de seis pontos percentuais na comercialização da safra 2015/16 em relação ao final do mês de dezembro (77%).

Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Gil Barabach, a comercialização seguiu ativa nesse começo de ano. “O dólar alto e os repiques na Bolsa de Nova York puxaram os preços e favoreceram os negócios. E, os vendedores, com tranquilidade, seguem aproveitando o bom momento”, afirma.

As vendas de arábica alcançam 83% da safra. O percentual é superior à comercialização em igual época do ano passado (77%) e também acima da média histórica para o período (75%). “Os cafés mais finos e as peneiras graúdas seguem valorizadas, Mas, as negociações com bebidas mais fracas também continuam ativas, diante do interesse doméstico”, comenta o analista.

No conilon, as vendas totalizam 84% da produção, contra 77% no ano passado e de média histórica. “A safra menor, o bom fluxo externo do começo da temporada e os preços altos nesses últimos meses justificam o ritmo mais acelerado das vendas”, aponta Barabach.

2016/17

As vendas de safra nova no Brasil perderam um pouco de ritmo, de acordo com Barabach. Além do comprometimento elevado para o período do ano, o que também segura o interesse do produtor são as cotações menos atrativas se comparado há alguns meses atrás. Em certas descrições, inclusive, o preço do café novo está mais barato que a cotação no mercado disponível. “O fato é que as boas chuvas nesse começo de ano reforçam o otimismo produtivo. E isso não se restringe somente a uma safra mais volumosa, mas também de melhor qualidade, especialmente no tamanho do grão”, colocou. As bases de venda no FOB exportação para o café novo, naturalmente, ficam mais fracas que as praticadas no mercado disponível.

O produtor tem aproveitado, especialmente a puxada no dólar, para fechar algumas posições com safra futura, comenta o analista. Assim, o comprometimento por parte do produtor da safra 2016 gira em torno de 15% a 18% da produção esperada em 2016. No caso do arábica, as vendas giram entre 16% a 19%. E, no conilon, entre 11% a 13%. Em algumas regiões, onde a comercialização antecipada é mais dinâmica, esse percentual gira entre 20% a até 27% da produção esperada.

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