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Comissão Nacional do Café da CNA defende os interesses do cafeicultor brasileiro

por CNA:

A Comissão Nacional do Café da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) trabalha para defender os interesses do cafeicultor brasileiro e melhorar a qualidade de vida no campo. Ao longo deste ano, os representantes da Comissão atuaram em negociação das dívidas dos produtores, reajuste do preço mínimo do café, garantia de uma renda mínima ao produtor e manutenção das linhas de financiamento junto ao Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé). “Nós temos buscado alternativas, para aumentar a competitividade do café brasileiro e incentivando o cafeicultor a investir em melhorias na produção”, afirma o presidente da Comissão Nacional do Café, Breno Mesquita.

Nas ações para o desenvolvimento do setor, destaca-se o pacote tecnológico do sistema de produção mecanizada e manual. Em algumas regiões produtoras de café no Brasil, localizadas em montanhas, a colheita é feita manualmente. E por conta disso, o Custo Operacional Efetivo (COE) é mais alto devido ao gasto com a mão-de-obra. “A mecanização representa a grande oportunidade para melhorar a cafeicultura de montanha. Nós nos esforçamos para inserir o sistema mecanizado nessas áreas e diminuir o custo de produção com a mão-de-obra que atualmente é o dobro do custo nas lavouras que utilizam máquinas colhedoras”, diz Breno.

Outra ação que exigiu muita atenção e empenho do grupo, durante o ano, foi a suspenção da Instrução Normativa (IN) 06/2015 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), que aprovava os requisitos fitossanitários para importação de café verde proveniente do Peru. De acordo com o assessor técnico da Comissão, Fernando Rati, os representantes do setor tiveram um posicionamento contrário e lutaram para suspender a portaria. “O problema maior de importar café verde produzido no Peru é a possibilidade de entrada de doenças que não têm no Brasil. É um risco fitossanitário para a cafeicultura e para outros tipos de produções da agricultura brasileira”, explica Fernando.

A produção de café depende de uma série de fatores não gerenciáveis como o clima e a região, e o cafeicultor precisa de financiamentos. Pensando nisso, a CNA trabalha junto ao Funcafé para disponibilizar linhas de financiamento e garantir o recurso na quantidade e prazos certos. Além de auxiliar o produtor no procedimento de renegociação de dívidas. “A cafeicultura sofre algumas perdas por conta do excesso de chuvas e da estiagem e isso reflete no bolso do produtor. O nosso papel é ajudá-lo a renegociar essas dívidas”, relata o assessor técnico. Ainda segundo Fernando, existem três linhas do Funcafé, que impactam diretamente o setor produtivo: a de custeio, estocagem e recuperação de cafezais danificados.

Preço Mínimo – Desde 2013, o preço mínimo do arábica está cotado em R$ 307,00 a saca e o conilon R$ 183,54, um aumento de 7% em relação a 2014. “O objetivo da Comissão é reajustar o preço mínimo do arábica da maneira mais coerente. Precisamos nos adaptar à realidade do cafeicultor brasileiro e as diversas cafeiculturas que temos”, afirma Breno Mesquita.

Programa de Garantia de Renda (PGR) – O PGR também faz parte do pacote de ações do grupo para conviver no cenário da cafeicultura. A meta é ampliar o acesso dos produtores rurais à política de garantia de renda e, com isso, oferecer ferramentas de comercialização que transmitam mais segurança ao produtor. “Nós queremos que esse produtor de café tenha tranquilidade ao produzir e que melhore a produção. Para isso, ele precisa de caixa para inovar e investir em alternativas lucrativas e melhorar a qualidade de vida dele”, finaliza o presidente da Comissão.

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