A Comissão Nacional do Café da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) realizou, na terça (19), para debater o atual cenário de queda dos preços do café e o encolhimento das margens dos cafeicultores e outros temas ligados ao setor.

A reunião, realizada no Sindicato Rural de Caconde (SP), foi conduzida pelo presidente da Comissão, Fabrício Teixeira Andrade, e contou com a presença da assessora técnica da CNA, Raquel Miranda, e da coordenadora do Núcleo de Inteligência de Mercado da CNA, Natália Fernandes, do gerente do Departamento Técnico e Econômico da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), Cláudio Brisolara, presidentes de sindicatos da região, produtores e especialistas.

Fabrício Andrade apresentou um panorama atual da cadeia de cafeicultura brasileira. Para ele é importante investir em pesquisa, recursos e marketing. “O Brasil precisa mostrar ao consumidor a qualidade e a importância do café brasileiro”, destacou Andrade.

O presidente do Sindicato Rural de Caconde, Ademar Pereira, falou sobre a importância da comissão para o setor. “Para nós é uma honra receber todos os integrantes da comissão e produtores da região para debatermos o futuro do nosso café”, disse.

Os integrantes da comissão também falaram sobre a assinatura, ocorrida no último dia 30 de agosto, do “Pacto pela Adoção de Boas Práticas Trabalhistas e Garantia de Trabalho Decente na Cafeicultura no Brasil”. O documento foi assinado pela CNA, Ministério do Trabalho e Emprego, Ministério do Desenvolvimento Social e representantes dos trabalhadores rurais.

Raquel falou sobre o Projeto Cupping e Negócios de Cafés Diferenciados, iniciativa em na qual a CNA busca promover parcerias comerciais e marketing para os cafeicultores que produzem cafés de melhor qualidade, por meio do desenvolvendo de ações que deem visibilidade às diversas características que agregam valor ao café.

“O ponto alto do projeto acontecerá de 8 a 10 de novembro na Semana Internacional do Café em Belo Horizonte. Queremos promover o encurtamento da cadeia produtiva e a diversificação dos canais de comercialização, viabilizando a venda direta entre produtores rurais e agentes compradores que atuam nos mercados nacional e internacional”, afirmou a assessora técnica.

Ao final da reunião, o presidente da comissão convidou os participantes para o evento do Circuito Campo Futuro que divulgará os custos de produção do café. O encontro será realizado nesta quarta (20), com apoio da Faesp, também no município de Caconde.

A programação do Campo Futuro contará com apresentações sobre os custos de produção da cafeicultura em 2023, a importância da gestão comercial e perspectivas para o mercado e a produção sustentável e o “boom” dos bioinsumos na cadeia produtiva.

Além disso, haverá uma visita técnica a campo para conhecer estações de apresentações técnicas de produção, pulverização com drones na cafeicultura de montanha e pós-colheita com foco em qualidade.