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COMUNICADO COVID-19 – EXPEDIENTE CNC


COMUNICADO COVID-19 – EXPEDIENTE CNC
Conselho adota regime de trabalho remoto para preservar a saúde de seus funcionários e contribuir com a não proliferação do vírus
O Conselho Nacional do Café (CNC), em decorrência da pandemia do coronavírus (Covid-19) e atendendo a orientações e recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e dos Governos Federal e do Distrito Federal (GDF), comunica que adotará regime temporário de trabalho remoto para preservar a saúde e o bem-estar de seus funcionários e contribuir com a não proliferação do vírus.
A partir da próxima segunda-feira, 23 de março, o CNC contará com um plantonista no horário comercial, em sua sede de Brasília (DF), que ficará responsável pelo atendimento a associados e parceiros e fazer o direcionamento aos setores de interesse.
Todos os demais profissionais da Equipe CNC trabalharão em regime home office e estarão disponíveis a associados, imprensa e público em geral, das 8h às 18h, assim como estarão à disposição para deslocamentos ao escritório havendo a necessidade de solucionar questões emergenciais.
Em nome de todos os nossos associados, o CNC espera que a normalidade sanitária mundial volte o quanto antes e que nossa cafeicultura possa continuar servindo os cafés mais sustentáveis nas xícaras de todo o mundo.
Nossa prestação de serviços segue normalmente através do trabalho remoto e, em caso de necessidade, os contatos podem ser feitos através dos telefones:
CNC Brasília: (61) 3226-2269 / 3342-2610 / 99982-1570
Presidente Silas Brasileiro: (61) 98173-7932
Maurício Miarelli: (35) 99725-2688
Paulo Kawasaki (imprensa): (61) 98114-6632
Argileu Martins: (61) 98282-7662
Silvia Pizzol: (61) 98196-1055
Márcia Chiarello: (61) 99669-6648
Juraci Santos: (61) 99903-1570
Vanessa Souza: (61) 98153-5891
BALANÇO SEMANAL — 16 a 20/03/2020
 
Safra 2020 de café não gerará excedente, aponta CNC
Presidente da entidade informa que recorde de recursos do Funcafé permitirá um melhor e mais rentável escoamento da colheita
A colheita da safra 2020 de café do Brasil se aproxima e o comportamento do clima, até o momento, indica que deveremos colher um volume dentro do intervalo apontado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), entre 57,2 milhões e 62 milhões de sacas de 60 kg.
Segundo o presidente do Conselho Nacional do Café (CNC), Silas Brasileiro, como os estoques nacionais do produto estão em seus menores níveis históricos, o montante a ser colhido será suficiente para que o Brasil honre seus compromissos com exportação e consumo interno, sem gerar excedentes.
“Com esse equilíbrio entre oferta e demanda, o mercado pode ter menores oscilações e os preços voltarem a ficar em níveis que gerem renda aos produtores”, projeta.
Brasileiro comenta, contudo, que é corriqueiro, nessa época do ano, surgirem diversas especulações tendenciosas a respeito da safra brasileira. “O Brasil é o maior produtor mundial e jogar ao vento que teremos supersafra, safra recorde, só interessa a esses players, já que atuam com a intenção de depreciar o valor do produto e o comprarem a preços mais baixos”, critica.
O presidente do CNC recorda que uma das formas possíveis para cafeicultor e cooperativas de produção não serem afetados pelas oscilações geradas por especulações ocorreu na semana passada, quando o Conselho Deliberativo da Política do Café (CDPC) aprovou orçamento recorde de R$ 5,71 bilhões do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) para a safra 2020.
Do total a ser disponibilizado para a cafeicultura a partir de julho deste ano, foram aprovados R$ 2,3 bilhões para a linha de financiamento de Estocagem; R$ 1,6 bilhão para Custeio; R$ 1,15 bilhão para Aquisição de Café (FAC); R$ 650 milhões para Capital de Giro; e R$ 10 milhões para Recuperação de Cafezais Danificados.
“Essa disponibilização recorde do Funcafé reflete o trabalho que realizamos e a sensibilidade do governo federal, principalmente da ministra (da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) Tereza Cristina e sua equipe, frente ao cenário de descapitalização dos produtores, gerados por seguidos anos de preços aviltados e custos elevados. Os recursos serão fundamentais para que os produtores não sejam pressionados a vender nos momentos de baixa e possam escoar sua safra ao longo dos 12 meses, otimizando sua renda”, destaca Brasileiro.
O presidente do CNC orienta que, dotados de orçamento do Funcafé, produtores e cooperativas se atentem às possibilidades que o mercado apresenta relacionadas a cotações e taxa de câmbio. “Eventualmente aparecem janelas de oportunidades nas quais podemos fixar preços futuros para o café. Não podemos perdê-las”, conclui.
CORONAVÍRUS E OFERTA
O Conselho também segue a linha adotada pelo Ministério da Agricultura e pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) nesta semana e aponta que a cafeicultura, assim como todo o setor agro, não parará, assegurando o abastecimento do produto aos consumidores.
“Talvez enfrentemos algum problema relacionado ao transporte das cargas, principalmente para o exterior, com a possibilidade de falta de contêineres que estão paralisados nos portos da China em função da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), mas desabastecimento não haverá”, pondera Brasileiro.
Na quarta-feira (18), a ministra Tereza Cristina destacou, em nota, que o Brasil é um grande celeiro, produtor de alimentos, e “não precisamos ter nenhuma expectativa negativa de que não teremos alimentos para nosso povo”, referindo-se às mudanças na rotina dos brasileiros impostas pela pandemia de Covid-19.
A ministra salientou, ainda, que a população deve se manter tranquila em relação à oferta de produtos alimentícios no varejo e elogiou os produtores rurais. “São os nossos heróis, que neste momento estão lá (no campo) dando duro, produzindo e realizando a maior safra colhida neste país, batendo recorde um sobre o outro para alimentar nossa população”.
A CNA, na mesma data, afirmou que as atividades de produção e comercialização de alimentos permanecerão ativas, pois a demanda não será reduzida pela crise.
“Do contrário, se faltarem alimentos ou se houver irregularidades no abastecimento, a saúde das pessoas será afetada e a própria harmonia social, que tanto precisamos nessa hora, será atingida (…) por essas razões, o Sistema CNA, em nome dos produtores rurais brasileiros, assegura à população que continuaremos produzindo normalmente”, posiciona-se a Confederação.
PREVENÇÃO E PRECAUÇÕES
O CNC enaltece que é necessário que o Brasil coloque em prática medidas sensatas no combate à propagação do novo coronavírus, atendendo à orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS) para isolamento e paralização das atividades sociais, que tem gerado resultados iniciais satisfatórios para a contenção.
Por outro lado, a entidade entende que, assim como o agro, os serviços sanitários, diante da gravidade do quadro atual, precisam ser mantidos, como os hospitais e todos os segmentos da cadeia de saúde, de forma que a população receba o amparo necessário nesse momento.
“Em tempo, externamos nossa gratidão a todos esses heróis trabalhadores da saúde no Brasil e no mundo. Sem dúvida, vocês fazem a diferença nesse momento crítico e contribuirão para voltarmos o mais rápido possível à normalidade”, agradece o presidente do CNC.

Futuros do café arábica avançam em meio a volatilidades

Ganhos foram puxados pela sensação de aperto na oferta de curto prazo, com baixas exportações do Brasil e redução de estoques dos EUA

Os contratos futuros do café arábica registraram bons ganhos no acumulado da semana até ontem, mesmo diante da volatilidade que os mercados globais vêm apresentando e da possibilidade de oferta satisfatória no Brasil.

No maior produtor mundial, o clima tem favorecido as lavouras, mas é necessária a interrupção das chuvas entre maio e junho para não atrapalhar a colheita e prejudicar a qualidade dos frutos. O outono começou hoje no Hemisfério Sul, estação do ano que tende a gerar mais volatilidade em função do risco de geada no país.

Os ganhos foram puxados, no acumulado semanal, pela sensação de aperto na oferta de curto prazo, com as exportações brasileiras abaixo de 3 milhões de sacas, devido ao período de entressafra, e com os estoques de café verde dos Estados Unidos caindo gradativamente.

Também há otimismo quanto ao consumo mundial, com diversos players manifestando que deverá permanecer em constante crescimento, apesar dos impactos que a pandemia de coronavírus causará na economia mundial.

Na Bolsa de Nova York, o vencimento maio/2020 do contrato “C” encerrou a quinta-feira a US$ 1,1270 por libra-peso, acumulando ganhos de 595 pontos na comparação com a sexta-feira da semana passada. Já na ICE Europe, o vencimento maio/2020 do café robusta recuou US$ 25, fechando a sessão de ontem a US$ 1.216 por tonelada.

O dólar comercial seguiu sua trajetória de forte valorização na comparação como real ao longo da semana, puxado pela aversão ao risco em meio ao pânico causado pela pandemia de coronavírus. A divisa norte-americana avançou 6% frente à sexta-feira anterior e encerrou a quinta-feira a R$ 5,104.

Os ganhos não foram maiores por causa de intervenção do Banco Central do Brasil, ontem, e também pelo anúncio de linha de swap de até US$ 60 bilhões do Federal Reserve (BC dos EUA) para nove países, incluindo o Brasil.

No mercado físico, o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) informa que, apesar de alguns negócios terem sido fechados nos picos de preço, a liquidez ainda é baixa devido às incertezas do mercado e à fraca disponibilidade atual de café.

Os indicadores calculados pela instituição para as variedades arábica e conilon se situaram em R$ 569,41/saca e R$ 325,69/saca, com valorizações, respectivamente, de 5,4% e 2,5%.

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