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Cotações do arábica caem mais de 100 pts nesta 6ª com dólar e chuvas no BR

por Notícias Agrícolas:

Os futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) encerraram a sessão desta sexta-feira (08) com queda de mais de 100 pontos. O mercado estendeu perdas da véspera com operadores atentos com a previsão do tempo no Brasil e câmbio. Na semana, houve queda de 1,06%.

O vencimento março/19 encerrou o dia a 102,60 cents/lb e queda de 170 pontos e o maio/19 registrou 105,60 cents/lb e recuo de 170 pontos. O contrato julho/19 anotou 108,30 cents/lb 155 pontos negativos e o setembro/19 teve 110,95 cents/lb e 160 pontos de desvalorização.

Com as quedas recentes, o vencimento referência de mercado ficou abaixo do patamar de US$ 1,05 por libra-peso. Apesar de ter oscilado em estreitas margens, o mercado fecha a semana com a segunda queda consecutiva. O câmbio e as chuvas no Brasil foram fatores de pressão.

“A previsão de chuvas neste fim de semana para Minas Gerais, maior estado produtor de café do Brasil, também pressiona os preços do café, já que a chuva deve melhorar os níveis de umidade do solo e as perspectivas para a safra do país”, destacou em boletim matinal o Barchart.

14 cidades produtoras de café do Brasil, todas elas acompanhadas pelo Sistema para o Monitoramento Agro-energético da cultura do Café da Cooxupé (Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé), estavam até terça-feira (05) sem chuvas acima de 2 milímetros há mais 20 dias.

Ainda segundo o site internacional, o câmbio também contribuiu para as perdas do arábica na ICE. “O real mais fraco [e o dólar mais valorizado] estimula as exportações dos produtores de café do Brasil”, destacou o Barchart. O país é o principal exportador do grão.

Apesar de testar máxima de R$ 3,7491, o dólar comercial acabou fechando o dia com leve avanço de 0,63%, cotado a R$ 3,7340 na venda, acompanhando as negociações para a reforma da Previdência e investidores em cautela com o exterior. Na semana, a moeda subiu 1,96%.

“Tem um certo desconforto com relação à saúde de Bolsonaro que pode atrasar a composição política pra fazer a reforma”, afirmou para a agência de notícias Reuters pela manhã o estrategista de renda fixa da Coinvalores Corretora, Paulo Celso Nepumoceno.

Mercado interno

Os negócios no mercado brasileiro seguiram lentos nesta semana. Os preços internos oscilaram pouco mesmo com as variações externas positivas em alguns dias.  “… A liquidez segue baixa, devido às oscilações do mercado externo”, destacou em nota o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP).

O café tipo cereja descascado registrou maior valor em Guaxupé (MG) com saca a R$ 445,00 e alta de 1,14%. A maior oscilação no dia ocorreu em Espírito Santo do Pinhal (SP) com alta de 2,33%, a R$ 440,00.

O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca a R$ 420,00 e queda de 1,18%. Foi a maior oscilação dentre as praças no dia.

O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação em Vitória (ES) com saca a R$ 442,00 – estável. A maior oscilação ocorreu em Espírito Santo do Pinhal (SP) com alta de 2,44% e saca cotada a R$ 420,00.

Na quinta-feira (07), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 418,48 e queda de 0,47%.

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