NOTÍCIAS
Cotações do arábica em NY testam patamar de US$ 1,60/lb apoiadas por avanço de mais de 2% na semana
por Notícias Agrícola:
A semana foi mais curta no mercado do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) por conta do ferido de Martin Luther King Jr. na segunda. Ainda assim, a valorização prevaleceu, mais de 2%, e os vencimentos mais distantes encerraram esta sexta-feira (20) já próximos do patamar de US$ 1,60 por libra-peso. Máximas de 8 semanas. As cotações oscilaram durante a semana muito mais baseadas no câmbio e em indicadores técnicos do que qualquer coisa. Porém, o clima nas principais origens produtoras do Brasil segue repercutindo entre os operadores.
Após tentar avançar acima de US$ 1,50/lb durante toda a semana, sem sucesso, o mercado teve forte suporte do câmbio diante do cenário político no Brasil e no mundo e, e as cotações mais distantes já estão conquistaram o patamar de 1,60/lb. Nesta sexta-feira (20), o contrato março/17 registrou 153,35 cents/lb com 260 pontos de alta, o maio/17 anotou 155,55 cents/lb com 240 pontos de valorização. Já o vencimento julho/17 encerrou o dia negociado a 157,85 cents/lb com 240 pontos de alta e o setembro/17, mais distante, avançou 245 pontos, cotado a 160,10 cents/lb.
De acordo com o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães, as bolsas externas do café operaram em alta nesta sexta-feira e acima de suportes interessantes. “Ao que parece, o dólar ficará abaixo dos R$ 3,20 e, lembrando, se subir um pouco, Nova York também realiza um pouco. Nos últimos dias o mercado só trabalhou baseado no fator cambial”, explica. “Tecnicamente os fechamentos externos podem ser considerados construtivos”, disse o analista.
O dólar comercial encerrou a sessão desta sexta com queda de 0,55%, cotado a R$ 3,1825 na venda. O mercado repercutiu o recuo da moeda no exterior com investidores acompanhando o discurso sem novidades de Donald Trump. Na semana, a queda acumulada da divisa foi de 0,55%. A moeda estrangeira mais baixa que o real tende a desencorajar as exportações da commodity e faz com que os preços externos do grão avancem no terminais externos. O Brasil é o maior produtor e exportador da commodity no mundo.
Também deu suporte ao mercado ao longo da semana, em menor intensidade, as informações climáticas no cinturão produtivo do Brasil, maior produtor e exportador da commodity no mundo. O clima deu sinais de melhora nos últimos dias em áreas de Minas Gerais e São Paulo. Mas, segundo mapas climáticos, deve continuar seco e quente na Zona da Mata, Vale do Rio Doce, Espírito Santo e Bahia no decorrer da semana. Uma queda na produtividade do país neste momento pode trazer um expressivo desequilíbrio entre oferta e demanda.
“A seca continua sendo uma ampla preocupação ao redor de grande parte do cinturão cafeeiro”, disse o serviço de meteorologia MDA Information Systems em reportagem da agência de notícias Reuters.
A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) estimou nesta semana que a safra desse ano do Brasil fique entre 43,65 e 47,51 milhões de sacas de 60 kg do produto beneficiado, somadas as espécies arábica e conilon. Os números são do primeiro levantamento da safra atual e representam uma redução entre 15 e 7,5%, quando comparado com a produção de 51,37 milhões de sacas do ciclo anterior.
Já a exportadora Terra Forte estima a produção de café do Brasil na safra 2017/18 em 48,055 milhões de sacas de 60 kg, com uma queda de 11,7% na comparação com a temporada anterior, principalmente devido à bienalidade negativa do arábica e menor produção de robusta. A Cooxupé (Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé), maior do mundo, estima queda na produção de café do Brasil em 2017 em cerca de 17%. Em 2016, foram 51,37 milhões de sacas colhidas no país entre arábica e conilon, variedade brasileira do robusta.
A Colômbia estimou à Reuters nesta quinta que prevê produção de café em 2017 deverá somar 14,5 milhões de sacas de 60 kg, maior volume em mais de duas décadas. Em 2016, o país teve colheita de 14,2 milhões de sacas.
Mercado interno
Nas praças de comercialização do Brasil, os preços dos tipos mais negociados subiram seguindo as oscilações externas. Porém, o produtor brasileiro ainda segue reticente à venda e saem apenas negócios isolados, mesmo com os preços chegando acima de R$ 500,00 a saca. “Impulsionados pela valorização no mercado externo, os preços internos do café arábica reagiram”, reportou o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da ESALQ/USP).
“Os produtores conseguiram ajustar suas contas, então mais tranquilos em fazerem negócios. Estamos em um momento em que o cafeicultor só volta ao mercado nos momentos de alta ou entanto quando precisa fazer caixa”, afirmou no início da semana o analista de café do Cepea, Renato Garcia Ribeiro.
O Governo brasileiro informou na quinta (19) que aprovou a venda de até 720 mil sacas de 60 kg de seus estoques públicos. Os leilões serão realizados pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento). A primeira venda acontece já na próxima quinta-feira (26), totalizando 95 mil sacas da safra 2009/10.
O tipo cereja descascado anotou maior alta na semana em Patrocínio (MG) com avanço de 4,20% (+ R$ 23,00), encerrando a R$ 571,00 a saca até quinta-feira. O maior valor de negociação dentre as praças no período foi registrado em Franca (SP) com saca a R$ 590,00.
No tipo 4/5, a maior variação na semana foi registrada em Poços de Caldas (MG) com valorização de 5,01% (+ R$ 26,00) e saca a R$ 545,00. Em Guaxupé (MG), foi registrado o maior valor na semana com R$ 583,00 e avanço de 1,57% (+ R$ 9,00).
Para o tipo 6 duro, o maior avanço na semana ocorreu em Poços de Caldas (MG) com alta de 5,14% (+ R$ 26,00) e saca cotada a R$ 532,00. Em Franca (SP), foi registrado o maior valor da saca com R$ 550,00 e alta de 1,85% (+ R$ 10,00).
Na quinta-feira (19), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 521,97 com alta de 0,49%.
Notícias Relacionadas
01 de Agosto de 2024
Café fecha 4ª-feira (31) em queda, mas termina julho no positivo
por Notícias Agrícolas: Postado em 01/08/2024 No acumulado do mês, arábica teve alta de 2,6% no dez/24 e robusta de 6,63% no jan
19 de Junho de 2024
Arábica opera na casa dos R$ 1.300/sc desde o início do mês
Os preços do café arábica seguem praticamente estáveis, na casa dos R$ 1.300/saca de 60 kg desde o início deste mês. Segundo pesquisad...
13 de Maio de 2024
Entenda possíveis consequências do La Niña sobre o mercado internacional...
Publicado por Notícias Agrícolas Postado em 13/05/24 A atualização do Centro de Previsão Climática dos EUA indica uma transiç
10 de Abril de 2024
Com novos recordes, robusta ultrapassa os R$ 1.000/sc de 60 kg
Publicado por Notícias Agrícolas Postado em 10/04/24 Na casa dos R$ 1.000/saca de 60 kg desde o último dia 3, o preço do café robus
28 de Março de 2024
Café: Nova York e Londres realizam lucros nesta 5ªfeira
Publicado por Notícias Agrícolas Postado em 28/03/24 O mercado futuro do café arábica abriu as negociações desta quinta-feira (28)
19 de Março de 2024
Café: Nova York e Londres voltam a recuar, mas monitoram preocupação com...
Postado por Notícias Agrícolas Publicado em 19/03/24 O mercado futuro do café arábica iniciou as negociações desta terça-feira (1
18 de Março de 2024
Café inicia semana com suporte nas preocupações da Ásia e avança em NY...
Publicado por Notícias Agrícolas Postado em 18/03/24 O mercado futuro do café arábica abriu as negociações desta segunda-feira
13 de Março de 2024
Café avança nesta 3ª feira em NY e Londres em meio temores com escassez...
Publicado por Noticiais Agrícolas Postado em 13/03/24 As cotações futuras do café encerraram esta terça-feira (12) com alta moderad
12 de Março de 2024
Café opera com altas próximas de 1% nesta 3ª feira nas bolsas de NY e Lo...
Publicado por Notícias Agrícolas Postado em 12/03/24 As cotações futuras do café operam com alta moderada nas bolsas de Nova York e
12 de Março de 2024
Café: NY e Londres recuam nesta 2ª acompanhando melhora do clima no BR
Publicado por Notícias Agrícolas Postado em 12/03/24 As cotações futuras do café encerraram a sessão desta segunda-feira (11) com