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Cotações do arábica encerram sessão desta 3ª feira com queda de mais de 250 pts na Bolsa de Nova York

por Notícias Agrícolas:

As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) encerraram a sessão desta terça-feira (11) com queda de mais de 250 pontos. O mercado realizou ajustes depois da alta na véspera, quando voltou a se aproximar de US$ 1,05 por libra-peso, mas o câmbio e dados de exportação também contribuíram.

O vencimento março/19 encerrou o dia com queda de 280 pontos, a 102,35 cents/lb e o maio/19 teve recuo de 270 pontos, cotado a 105,60 cents/lb. Já o contrato julho/19 registrou 108,35 cents/lb com desvalorização de 265 pontos, enquanto que o setembro/19 registrou 111,05 cents/lb e 260 pontos de perdas.

O mercado do arábica já iniciou o dia em baixa em acomodação ante a alta registrada na última segunda-feira. As cotações demonstraram fraqueza depois de voltarem a se aproximar de US$ 1,05/lb no vencimento referência de mercado, ocasionando movimentações técnicas baixistas. O dólar também contribuiu para a baixa.

No acumulado da semana passada, o mercado do arábica também registrou queda. A moeda estrangeira encerrou a sessão desta terça-feira com leve alta de 0,05%, a R$ 3,9207 na venda, mas chegou a avançar mais em parte do dia. A divisa mais valorizada em relação ao real tende a encorajar as exportações da commodity.

“O Real brasileiro voltando a trabalhar acima de 3,90 causa desconforto para quem cogita montar uma estratégia de alta”, disse em relatório o analista e diretor da Comexim nos Estados Unidos, Rodrigo Costa. Tecnicamente, os fundos se animam em montar uma posição vendida diante de tamanha fraqueza do real.

O Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil) reportou no dia que as exportações do grão em novembro totalizaram 3,68 milhões de sacas de 60 kg. O volume foi 24,4% superior ao total de sacas exportado no mesmo mês de 2017, quando o país exportou 2,96 milhões de sacas. A receita cambial chegou a US$ 485 milhões.

Produtores no Brasil seguem atentos com as condições do tempo, com relatos de mais de uma florada e tempo seco. “As chuvas deram uma trégua agora, mas não dá para reverter o cenário já consolidado. Inclusive, esse fator pode afetar o volume total colhido nesta temporada”, disse o cafeicultor Alexandre Maroti em entrevista ao Notícias Agrícolas.

Mercado interno

Os negócios no Brasil seguem de forma isolada e perderam ainda mais ritmo depois dos recentes feriados externos e no país. A questão são os baixos preços. “Quando finalmente tiveram uma boa safra, com a qual contavam recuperar parte dos prejuízos de três anos seguidos de seca sobre seus cafezais, sofrem com a queda do preço do café de um lado e forte subida dos custos de produção do outro”, noticiou o Escritório Carvalhaes.

O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Espírito Santo do Pinhal (SP) com saca a R$ 460,00 – estável. A maior oscilação foi registrada em Varginha(MG) com recuo de 3,37% e saca a R$ 430,00.

O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (MG) com saca a R$ 430,00 e queda de 3,37%. Foi a maior oscilação no dia dentre as praças verificadas.

O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação em Vitória (ES) com saca a R$ 442,00 e estabilidade. A maior oscilação ocorreu em Franca (SP) com recuo de 2,30% e saca a R$ 425,00.

Na segunda-feira (10), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 427,61 e estabilidade.

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