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Cotações do arábica fecham em alta pela segunda sessão seguida nesta 4ª na Bolsa de NY

por Notícias Agrícolas:

Os contratos futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam a sessão desta quarta-feira (19) com leve alta nos principais vencimentos e estenderam os ganhos registrados na véspera, depois de atingirem no dia máximas de dez semanas. O mercado segue sua trajetória altista com movimentações técnicas e suporte do financeiro. Mesmo com esse leve avanço, alguns vencimentos mais distantes estão ao redor de US$ 1,40 por libra-peso.

O contrato julho/17 fechou a sessão cotado a 131,20 cents/lb com queda de 70 pontos, o setembro/17, referência de mercado, registrou 135,80 cents/lb com avanço de 90 pontos. Já o vencimento dezembro/17 encerrou o dia com 139,35 cents/lb e valorização de 90 pontos e o março/18, mais distante, subiu 90 pontos, fechando a 142,80 cents/lb. Essa é a segunda sessão seguida de alta no mercado.

O dólar trabalhou durante o dia praticamente estável, em cerca de R$ 3,15 na venda, mas fechou a sessão com queda de 0,19%, a R$ 3,1493 na venda, em meio a calmaria no ambiente político e na expectativa do ingresso de recursos externos. O câmbio impacta diretamente nas exportações da commodity. O petróleo também influencia positivamente os negócios com o grão, já que está trabalhando com altas de mais de 1% em cerca de US$ 47 o barril.

“Quando a moeda está caindo, (os exportadores) vendem café e açúcar o mais rápido que podem. Quando está se recuperando, eles não sentem a necessidade de fazer isso”, disse na véspera à Reuters o analista internacional da OptionSellers, James Cordier. O petróleo impacta nos preços, pois tem peso no índice de commodities, já que serve de referência para os fundos atuarem no mercado, e com isso tende a impactar todas as outras presentes na cesta.

De acordo com informações de agências internacionais, os investidores continuam de olho no clima frio no Brasil, o que dá certo suporte às cotações uma vez que o país é o maior produtor da commodity no mundo. O Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR) e o Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar) haviam alertado ontem (18) sobre a possibilidade de geadas atingirem áreas produtoras do grão no estado. Há também preocupação com uma possível propagação de broca nesta e na próxima safra, destacou à Reuters Shawn Hackett, presidente da Hackett Financial Advisors.

As lavouras da safra 2017/18 estão em plena colheita no cinturão produtivo do Brasil. Os cooperados da Cooxupé (Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé) haviam colhido a 56,93% até o dia 15 de julho, ou 3,87 milhões de sacas de 60 kg. Desde 2012, os trabalhos só não estão mais adiantados do que em 2014, quando 59,53% das lavouras haviam sido colhidas no período.

Mercado interno

Os negócios com café seguem lentos nas praças de comercialização do Brasil, apesar da colheita estar na metade na maioria das regiões produtoras. Os cafeicultores seguem à espera de melhores patamares de preço e estão ainda bastante atentos com os trabalhos de colheita no campo.

“Agentes do setor cafeeiro continuam afastados do mercado, limitando as negociações de arábica e de robusta. Quanto aos preços, segundo pesquisadores do Cepea, o arábica tem sido influenciado principalmente pelas cotações externas e pelo dólar”, reportou o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP).

O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com saca a R$ 510,00 e alta de 0,99%. Foi a maior oscilação dentre as praças no dia.

O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca a R$ 480,00 a alta de 2,13%. Foi a maior oscilação no dia dentre as praças.

O tipo 6 duro anotou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca a R$ 470,00 e alta de 2,17%. O município paulista teve a maior oscilação no dia.

Na terça-feira (18), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 451,34 e queda de 0,83%.

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