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Cotações na Bolsa de Nova York encerram esta 6ª feira com ligeira queda à espera de fatos novos

por Notícias Agrícolas:

Nesta sexta-feira (28), as cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam com ligeira queda em ajuste após avançar por dois pregões consecutivos e repercutir bastante durante a semana a questão cambial.

No Brasil, praticamente todos os tipos de café registraram queda em relação à semana anterior. Destaque para os melhores tipos, que chegaram a ter negócios por R$ 600,00 a saca e agora estão próximos de R$ 500,00.

Em Nova York, os lotes para vencimento em dezembro/15 anotaram 124,05 cents/lb e o março/16 teve 127,50 cents/lb, ambos com recuo de 520 pontos. O contrato maio/16 registrou 129,75 cents/lb com 40 pontos negativos e o julho/16 encerrou o dia com 131,80 cents/lb e desvalorização de 45 pontos.

Na semana, as cotações do arábica oscilaram bastante. Na segunda-feira, a Bolsa de Xangai desabou 8,5% e os investidores se desfizeram de suas posições nos mercados de ações e commodities buscando os títulos do Tesouro americano, favorecendo a alta do dólar ante o real. Com isso, os futuros do café recuaram.

Entretanto, com os investidores um pouco mais confiantes, o real voltou a se valorizar ante o dólar após a ‘segunda-feira negra’ e o campo positivo foi registrado no mercado de café nas últimas duas sessões na bolsa norte-americana.

Na sexta-feira, dia 28, o dólar encerrou a sessão cotado a R$ 3,5853 na venda com 0,91% de avanço.

“O que vimos nesta sexta-feira foi mais um ajuste, uma consolidação no mercado”, explica o diretor de café, Rodrigo Costa, do Banco Société Générale.

Outra informação que repercutiu bastante na semana entre os envolvidos como viés altista foi a revisão para baixo da safra do Brasil 2015/16 por parte de alguns players que tinham uma visão otimista sobre a produção do país.

A Volcafe, por exemplo, reduziu em 3,6 milhões de sacas de 60 kg a estimativa para produção de café brasileira. A expectativa da companhia é de que a colheita atinja 48,3 milhões de sacas nesta temporada, ante as 51,9 milhões previstas em maio. Estimativas realizadas por instituições brasileiras reportam a produção do Brasil em 40 milhões de sacas.

Apesar dessas informações recentes apontarem cada vez mais para um possível déficit na oferta, uma vez que a demanda mundial é apontada em cerca de 56 milhões de sacas e continua a crescer, ainda há muita incerteza em relação ao potencial produtivo dos principais países produtores da variedade, e consequentemente, da tendência do mercado.

“Por mais que a bolsa tenha precificado uma queda na safra brasileira, ainda existem diversos lugares com volume razoável de café, há também a chegada de chuvas no Brasil. Em contrapartida, acontece a volta das férias no Hemisfério Norte com uma tendência momentânea de aperto entre oferta e demanda”, afirma Rodrigo Costa.

Exportações globais de café

As exportações globais de café caíram 3,6% em julho ante o ano anterior para um total de 9,59 milhões de sacas de 60 kg, informou a Organização Internacional do Café (OIC) nesta sexta-feira. Esta informação poderia fazer as cotações em Nova York valorizarem-se, entretanto o mercado acabou não repercutindo os dados da Organização no dia.

Mercado interno

As negociações no mercado físico são pontuais, diferente da semana passada quando houve um avanço nos preços e a saca chegou a R$ 600,00 em alguns locais. De acordo com Costa, há procura nas praças de comercialização, mas não oferta. Muitos produtores já tem compromissos firmados ou preferem aguardar melhores patamares.

O tipo cereja descascado teve maior valor de negociação na cidade de Guaxupé (MG) com saca cotada a R$ 534,00 – estável. A maior oscilação no dia ocorreu em Poços de Caldas (MG) com avanço de 1,04%, a saca está cotada a R$ 484,00.

Da sexta-feira passada para esta, a cidade que registrou maior desvalorização foi Espírito Santo do Pinhal (SP) com R$ 60,00 (-10,53%), saindo de R$ 570,00 para R$ 510,00 a saca.

O tipo 4/5 também registrou maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com R$ 534,00 a saca – estável. A maior variação ocorreu em Poços de Caldas (MG) onde a saca subiu 2,44%, para R$ 462,00.

Na semana anterior, a saca do tipo estava cotada a R$ 505,00 na cidade de Varginha (MG), mas recuou R$ 40,00 (-7,92%) e agora vale R$ 465,00. Foi a maior queda da semana dentre as praças.

O tipo 6 duro teve maior valor de negociação na cidade de Araguarí (MG) com R$ 480,00 a saca. Todas as praças encerraram o dia com preços estáveis.

A maior variação de preço na semana para o tipo foi registrada em Espírito Santo do Pinhal (SP), por lá a saca estava cotada a R$ 510,00, mas caiu R$ 50,00 (-9,10%) e agora está em R$ 460,00.

Na quinta-feira (27), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 registrou valorização de 1,72% e a saca de 60 kg está cotada a R$ 448,55.

Bolsa de Londres

As cotações do café robusta na ICE Futures Europe fecharam em baixa, seguindo a Bolsa de Nova York. O contrato setembro/15 está cotado a US$ 1565,00 por tonelada com queda de US$ 42, o novembro/15 teve US$ 1597,00 e desvalorização de US$ 44 e o vencimento janeiro/16 anotou US$ 1611,00 por tonelada com recuo de US$ 46.

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