O leilão foi aberto com um preço base mais baixo de US$ 5,50 por libra, devido às dificuldades financeiras relacionadas à pandemia vivenciadas em todo o mundo. Porém, pela primeira vez, todos os lotes foram vendidos acima de US$ 12 por libra, com uma receita total de leilão de US$ 475.607,15.

A Aliança para a Excelência do Café (ACE) afirmou que esses resultados são indicadores de tendências que ajudam a orientar os cafeicultores a tomar decisões sobre seus projetos atuais e futuros de produção, processamento e comércio.

O lote vencedor, Finca Divina Providencia, do produtor Roberto Ulloa, cujo processo anaeróbico natural de Pacamara marcou 90,31, foi dividido em dois. O lote 1A recebeu US$ 80,10 por libra, o segundo preço mais alto pago pelo café de El Salvador na história da competição. Essa parte do lote foi adquirida por um grupo de seis compradores: Maruyama Coffee e Uchida Coffee, do Japão; Harrods e Difference Coffee, do Reino Unido; e Cometeer and Goodboybob Coffee, dos Estados Unidos. O lote 1B foi adquirido pela Al Qahwa Al Arabiah, dos Emirados Árabes Unidos, por US $ 60,10 por libra.

O terceiro preço máximo por libra foi de US$ 48,60 para um processo natural de gueixa com classificação 89,16 da Finca La Pacaya. Este lote foi adquirido pela Latorre & Dutch Coffee Traders, com sede na Austrália e na China.

O leilão deste ano foi dedicado a Gilberto Baraona, um emblemático produtor vencedor da Cup of Excellence e incentivador dos cafés especiais em El Salvador. O leilão foi transmitido ao vivo no Facebook e os agricultores puderam discutir desde protocolos de sustentabilidade até agricultura de gerações.

“Agradeço o apoio da ACE e da equipe do Conselho no desenvolvimento deste evento, e também admiramos nossos produtores. Graças a eles e apesar das circunstâncias, conseguimos lançar com sucesso este concurso e demonstrar que em nosso país produzimos café de qualidade. Obrigado aos compradores internacionais. Quando compram café de El Salvador, não apenas compram nosso café, mas também o amor, a dedicação e a paixão de muitos anos de trabalho de nossos produtores”, aponta a Diretora Executiva do Conselho do Café de El Salvador, Lily Pacas.

As informações são do Global Coffee Report / Tradução Juliana Santin