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Déficit hídrico no Sul de Minas e ES chega a 200 mm em janeiro

por CaféPoint:

A empresa ClimaTempo é, agora, mais uma parceira do site CaféPoint. Especialista em diversos seguimentos da meteorologia, a ClimaTempo tem também profissionais voltados para o Agro, como o meteorologista Alexandre Nascimento, que comentou sobre a atual situação em regiões produtoras.

Em Minas Gerais, maior estado produtor de arábica do País, o Sul de Minas é uma das localidades que mais vem sofrendo com a seca. “Janeiro é um mês bastante importante para a produção e realmente foi bem ruim”, comenta Alexandre. Segundo dados da Climatempo, só no mês de janeiro o déficit hídrico da região chegou a ficar entre 100 a 200 mm de chuva a menos do que o que seria adequado.

Tanto no Sul de Minas quando no estado do Espírito Santo, líder na produção nacional da espécie conilon, ou robusta, a média normal de chuvas no mês de janeiro seria entre 250 e 300 mm. “A chuva abaixo do comum em um mês é normal, nós temos mesmo oscilações de um mês para outro. O problema é que a gente vem enfrentando essa queda desde o ano passado. Com isso dentro do solo ocorre o estresse hídrico e esse sim afeta e muito a planta”, explica Alexandre.

Sobre a produção de conilon, que em 2014 não apresentou queda nas projeções oficiais, Alexandre explica porque a atual safra deve ser de dificuldades para os produtores. “Se o Sul de Minas vinha registrando o volume de chuvas 100 mm abaixo do esperado, o Espírito Santo tem localidades onde a média já é menor, entre 100 e 150 mm, e teve quedas ainda mais bruscas. Tem áreas capixabas onde nem choveu em janeiro”.

Os problemas enfrentados agora são consequência de um acúmulo que vem de anos anteriores, de acordo com Alexandre. “Estamos presenciando anos com queda contínua de volume de chuvas. O que se pode dizer é que os produtores devem se preparar um ano de 2015 ainda com baixo volume, que certamente influenciará sua safra”. Quanto às altas temperaturas vivenciadas no País, Alexandre explica que a tendência é que, conforme as chuvas retornem, como deve ocorrer de maneira concentrada em fevereiro, as médias de temperatura recuem “A tendência é que a temperatura também se amenize”.

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