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Deputados querem delegacia especializada em roubo rural

por Revista Cafeicultura:

Proprietários rurais ligados à Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e à Associação dos Sindicatos dos Produtores Rurais do Centro de Minas (Asprocem) lotaram o Plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), na tarde desta segunda-feira (1º/8/16), durante abertura do Debate Público Segurança no Campo. O evento, com programação ao longo da tarde, está sendo promovido pelas Comissões de Segurança Pública e de Agropecuária e Agroindústria. O objetivo é discutir o crescimento da violência na zona rural e propor alternativas para enfrentar o problema.

O presidente da Comissão de Agropecuária, deputado Fabiano Tolentino (PPS), anunciou que protocolou, nesta manhã, um projeto de lei para a criação do Plano Estadual de Segurança em Defesa do Campo. A proposta inclui a criação de uma delegacia especializada em roubos e furtos rurais. “Nós, do campo, não estamos mais vendo alternativas. A segurança pública está um caos”, salientou.

Fabiano Tolentino defendeu o uso de armamentos pelo produtor rural. “Nós não temos armas, mas os bandidos têm”, pontuou. Ele afirmou ainda que faltam investimentos e servidores nas Polícias Militar e Civil. “Queremos prioridade do governo no trabalho das polícias para que possamos ter segurança no campo e na cidade também”, destacou.

O deputado João Leite (PSDB) também disse ser a favor do porte de armas para proprietários rurais. Para ele, é uma forma de os trabalhadores conseguirem se defender. Em sua opinião, criminosos têm que ir para cadeia “para que produtores tenham sossego para trabalhar na terra”.

Ausência – O presidente da Comissão de Segurança Pública, deputado Sargento Rodrigues (PDT), criticou a ausência do secretário de Estado de Segurança Pública na reunião. Lembrou, ainda, que a violência rural é um problema sério em várias cidades de diferentes regiões do Estado, exemplificando com o caso de um produtor rural mineiro que já foi roubado seis vezes este ano. “Levaram máquina, café e muitas outras coisas”, ressaltou. Ele também criticou o que chamou de “redução de gastos” na área de segurança pública no Estado.

O deputado Antônio Carlos Arantes (PSDB) foi enfático: “os produtores rurais pedem socorro”. Ele também relatou casos de assaltos no campo. “Faltam estrutura e pessoas na polícia, sim. Mas há muita omissão policial também. Grande parte dos crimes é por falta de ação”, ponderou. Ele também defendeu o porte de armas para produtores rurais.

Já o deputado Inácio Franco (PV) também criticou a ausência do secretário de Estado de Segurança Pública no debate e destacou a importância da área rural para o desenvolvimento do País.

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