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Eficiência no controle de mariposas de bicho mineiro em cafeeiros por aplicações aéreas
POR JOSÉ BRAZ MATIELLO FOLHA PROCAFÉ:
Postado em 16/09/21
Os problemas da severidade da praga estão relacionados a desequilíbrios climáticos, com temperaturas mais altas e, principalmente, com períodos secos mais prolongados. Também, são devidos ao uso de defensivos de forma desordenada, que levam ao desequilíbrio biológico, interferindo nos inimigos naturais. Ainda, suspeita-se da resistência da praga a determinados inseticidas, o que tem levado a constantes mudanças no uso dos produtos e modos de sua aplicação.
O controle da praga bicho mineiro em cafeeiros é, normalmente, efetuado visando a ação de inseticidas sobre as larvas da praga. Estas, ao se desenvolverem no interior das minas, nas folhas das plantas, se constituem na fase do inseto que causa os danos, representados por redução da área foliar e por desfolhas.
Muitos técnicos de campo têm indicado, também, o controle sobre as mariposas, os adultos do bicho mineiro, como medida auxiliar, embora não se tenham pesquisas correlacionando essa prática com a efetiva redução na infestação da praga. Sabe-se, no entanto, que alguns inseticidas usados para matar as larvas também têm efeito sobre outras fases do inseto.
O ciclo de vida do bicho mineiro, em número de dias, para cada uma das fases, é a seguinte: ovo, de 5 a 21 dias; larva, de 9 a 40 dias; pupa, de 5 a 26 dias; e a longevidade média dos adultos é de 15 dias. O ciclo evolutivo varia de 19 a 87 dias, conforme influência de condições climáticas.
O controle sobre as mariposas, para reduzir a sua oviposição, considerando a oportunidade de sua revoada e diante de seu curto período de sobrevivência, deve ser feito de forma mais rápida, o que motiva a testagem de sistemas de aplicação com maior rendimento operacional. Nesse sentido, no passado (pesquisa do ex-IBC) foi comprovado o efeito da aplicação de inseticidas via nebulização. Recentemente foi divulgada (internet) uma aplicação feita em cafezal com aplicador auto-motriz Uniport (Jacto), com barra de 36 m.
A aplicação aérea, igualmente, tem alto rendimento, sendo capaz de tratar uns 100 ha por hora, trabalhando em faixa de cerca de 20 m de largura e operando em altura de 3-5 m da copa das plantas. O volume de calda pode variar de 7 a 30 litros por ha e deve-se usar uma calda com emulsão água/óleo (cerca de 40%). Quanto aos produtos, a indicação é para uso de piretróides, sendo os mesmos bem eficientes contra as mariposas e, ainda, são eficientes contra as larvas e tem certa ação sobre ovos, tendo bom efeito residual. Além disso, podem ser usados em baixas doses de ativos (10-30 g/ha) e apresentam, nessas condições, menor toxicidade. Nas aplicações aéreas, é indicado usar a maior dose de registro, tendo em vista que a aplicação atinge a área total da lavoura e não apenas os cafeeiros. Deve-se adotar os produtos registrados para a praga e a cultura, e, ainda, os liberados para aplicação aérea. A eficiência verificada em amostragem da mortalidade de mariposas tem sido ao redor de 80%. O custo operacional da aplicação aérea varia com o volume de calda adotado, ficando em torno de R$ 30-50,00 por ha.
Uma observação curiosa aconteceu depois da aplicação do inseticida. Verificou-se que houve muita passagem de larvas para crisálidas. Pode ter sido uma coincidência, porém esse comportamento deve ser melhor acompanhado pela pesquisa. Em estudo no passado (pesquisa do ex-IBC) foi verificado que, quando se destacava as folhas minadas das plantas, as larvas do bicho mineiro rapidamente se transformavam em crisálidas.
Avião agrícola se preparando para teste de aplicação contra mariposas do bicho mineiro em cafezal
Pode-se ver grande número de mariposas do bicho mineiro mortas sobre lona de amostragem colocada sob os cafeeiros, após aplicação de inseticida via aérea
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