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Em dia tenso no financeiro, café acompanha e encerra com mais de 1% de desvalorização

Por Notícias Agrícolas:

Postado em: 06/07/22

Acompanhando um dia de queda generalizada nas principais commodities, o mercado futuro do café arábica também encerrou o dia com desvalorização expressiva no pregão desta terça-feira (5) na Bolsa de Nova York (ICE Future US).

Setembro/22 teve queda de 360 pontos, negociado por 221,05 cents/lbp, dezembro/22 registrou baixa de 345 pontos, cotado por 218,05 cents/lbp, março/22 teve desvalorização de 355 pontos, valendo 215,15 cents/lbp e maio/22 teve baixa de 360 pontos, negociado por 231,35 cents/lbp e maio/23 teve queda de 360 pontos, negociado por 213,35 cents/lbp.

Na Bolsa de Londres, o café tipo conilon também teve um dia de baixa. Setembro/22 recuou US$ 38 por tonelada, valendo US$ 1961, novembro/22 registrou queda de US$ 39 por tonelada, negociado por US$ 1962 e janeiro/23 registrou queda de US$ 41 por tonelada, cotado por US$ 1958.

“O café estava sob pressão na terça-feira devido à preocupação de que uma possível recessão reduziria a demanda por commodities, incluindo café”, destacou a análise do site internacional Barchart. Além disso, a publicação internacional acrescenta que os dados divulgados pela Organização Internacional do Café (OIC) também ajudaram a pressionar as cotações. A OIC informou que as exportações globais de café registraram avanço de 1,3% entre outubro e maio.

O foco do mercado financeiro global, embora pulverizado entre outros vetores mundo a fora, está sob a economia norte-americana e à grande probabilidade de uma recessão. Embora o cenário da recessão ainda não esteja definitiva e completamente estabelecido, o mercado há algumas semanas já vem precificando o quadro, com os investidores se desfazendo – no chamado efeito manada – de suas posições em ativos mais sensíveis, como as commodities, e migrando para outros mais seguros, como o dólar.

O dólar teve um dia de valorização ante ao real e avançou 1,25% durante o pregão, sendo negociado por R$ 5,39 na venda. “Este é um mercado de recessão. Não há outra maneira de descrevê-lo”, afirmou à agência internacional de notícias Bloomberg, o chefe de economia da Renaissance Macro Research, Neil Dutta. O executivo destaca ainda o recuo dos rendimentos do tesouro e a disparada do dólar. O index subia 1,53%, enquanto o comercial frente ao real tinha ganho de 1,36%, alcançando os R$ 5,40 nesta sessão.

No Brasil, o mercado segue acompanhando a evolução da safra brasileira, que vai se consolidando com atraso em relação aos últimos anos. O produtor segue fazendo negócios a medida que precisa fazer caixa e com a volatilidade intensa, os negócios estão mais “travados”.

Apesar do intenso no setor financeiro, no mercado físico o dia foi de preços estáveis nas principais praças de comercialização do país.

O tipo 6 bebida dura bica corrida teve queda de 0,36% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.370,00, Poços de Caldas/MG teve alta de 1,48%, cotado por R$ 1.370,00, Campos Gerais/MG teve baixa de 0,70%, valendo R$ 1.415,00 e Franca/SP teve queda de 1,43%, negociado por R$ 1.380,00.

O tipo cereja descascado teve queda de 0,34% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.445,00, Poços de Caldas/MG teve alta de 1,37%, valendo R$ 1.480,00 e Campos Gerais/MG teve baixa de 0,67%, valendo R$ 1.475,00.

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