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Em nova sessão de ajustes, cotações do arábica cedem quase 200 pontos em Nova York nesta 5ª feira

por Notícias Agrícolas:

Nesta quinta-feira (17), as cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam novamente com perdas nos principais vencimentos. Em dia de volátil, os preços operaram dos dois lados da tabela diante de ajustes técnicos e à espera de novidades no quadro fundamental.

Com isso, o vencimento dezembro/16 anotou perdas de 195 pontos e cotado a 159,30 cents/lb. O contrato março/17 – atual referência – fechou a 162,95 cents/lb, cedendo 145 pontos, assim como maio/17, que encerra a 165,30 cents/lb. Já julho/17 caiu 150 pontos, com referência de 167,35 cents/lb.

Segundo informações do analista da Origem Corretora, Anilton Machado, o pregão de hoje foi marcado por mais um dia ajustes técnicos, após as fortes oscilações observadas nas duas últimas semanas. Além disto, operadores seguem focados na rolagem de posições do vencimento dezembro para o março.

Nos últimos dias, as bolsas internacionais têm operado lateralizadas, segundo explica o analista da Maros Corretora, Marcus Magalhães. Além disto, o câmbio tem sido principal fator de quedas em Nova York, após Donald Trump ser eleito presidente dos Estados Unidos e gerar um movimento de aversão ao risco.

No Brasil, a moeda norte-americana encerrou com recuo de 0,08% e cotado a R$ 3,4189 na venda. Informações da agência de notícias Reuters, aponta que a atuação do Banco Central limitou ganhos do dólar, que nas sessões anteriores chegaram a acumular alta de 8,63%. Além disto, também há a expectativa de que o FED (Federal Reserve) aumente a taxa de juros nos Estados Unidos nas próximas semanas.

Apesar do cenário de ajustes técnicos, ainda há preocupação com o abastecimento de café na próxima temporada, com atenção ao desenvolvimento da safra 2017/18. Diante disto, informações reportadas pela Reuters apontam para tendência de alta às cotações do arábica em longo prazo.

“O nível seguinte de resistência em US$ 1,80 completaria o padrão de tendência no longo prazo, que tem estado em jogo desde o início de 2015 e iria definir o cenário para a continuação das altas, embora a consolidação tenha sido modesta este mês”, disse Sucden Financial em um relatório à Reuters.

No quadro climático, o cenário continua positivo com chuvas sendo registradas no cinturão produtivo do Brasil. Dados meteorológicos apontam para precipitações no Espírito Santo, Minas Gerais e Bahia, com acumulados entre 50 mm e 100 mm nos próximos dias.

Mercado interno

Com as quedas constantes em Nova York, o cenário de negócios no Brasil voltou a enfraquecer, embora o dólar em alta tenha trazido sustentação às cotações no mercado físico. Segundo Anilton Machado, os últimos dias têm sido tranquilos nas praças de comercialização, com produtores esperando preços mais atrativos.

Segundo informações reportadas pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), os preços têm registrado oscilações, mas ainda em patamares elevados. “A valorização do dólar e as expectativas quanto aos estoques apertados e à produção mundial para a próxima temporada vem ditando o ritmo dos negócios”, apontam os pesquisadores do Centro.

Para o cereja descascado foram registradas quedas nas cotações. Em Espírito Santo do Pinhal  (SP), a saca de 60 quilos fechou negociada a R$ 620,00, após ceder 4,62% no dia. Em Poços de Caldas (MG) a desvalorização foi de 1,43% e referência de R$ 622,00 pela saca.

No tipo 4/5, em Poços de Caldas (MG) os preços subiram 2,28%, com negociação a R$ 584,00 pela saca de 60 quilos. Em Varginha (MG), a alta foi de 0,85% e a saca fecha cotada a R$ 595,00.

Já o tipo 6 duro teve negociações em R$ 571,00 pela saca em Poços de Caldas (MG), após subir 2,15% no dia. Em Araguari (MG), as cotações cederam 3,33% e fechou em R$ 580,00 pela saca.

Na quarta-feira (16), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 564,72 com recuo de 0,26%.

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