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Escalada dos preços do café continua em maio de 2021, dando mostras de progressiva recuperação e refletindo uma retomada da demanda e novas preocupações com a safra brasileira de 2021/22

Por OIC:

Postado em: 08/06/21

Em maio de 2021 o indicativo composto da OIC subiu 10,4%, alcançando 134,78 centavos de dólar dos EUA por libra-peso, a média mensal mais alta desde fevereiro de 2017, quando a média foi de 137,68 centavos. A firmeza da tendência altista nos oito primeiros meses do ano cafeeiro de 2020/21 parece confirmar uma recuperação líquida em relação aos preços baixos que começou no ano cafeeiro de 2017/18. Esse desempenho foi alimentado pela previsão de uma queda de produção em grandes países produtores como o Brasil no ano-safra de 2021/22. Além disso, perspectivas de crescimento da demanda vêm gerando maior confiança dos consumidores em uma recuperação e em um retorno à vida normal, à proporção que as medidas de lockdown ligadas à pandemia da covid-19 forem sendo removidas de grandes mercados consumidores graças aos programas de vacinação contra a covid-19. Os preços de todos os grupos de café registraram altas significativas, dos Arábicas em particular. Em termos dos fatores fundamentais do mercado, os embarques dos países exportadores para todos os destinos totalizaram 11,40 milhões de sacas de 60 kg em abril de 2021, em comparação com 11,29 milhões em abril de 2020. Em resultado, o volume total das exportações nos sete primeiros meses do ano cafeeiro de 2020/21 alcançou 77,52 milhões de sacas, em comparação com 74,49 milhões no mesmo período de 2019/20. O volume cumulativo das exportações entre maio de 2020 e abril de 2021 é estimado em 130,40 milhões de sacas, representando um pequeno aumento, de 0,48%, em relação ao volume exportado entre maio de 2019 e abril de 2020, de 130,97 milhões de sacas. Calcula-se que o consumo mundial no ano cafeeiro de 2020/21 será de 167,58 milhões de sacas, representando um aumento de 1,9% ante 164,43 milhões de sacas exportadas em 2019/20. O volume total da produção no ano cafeeiro de 2020/21 é estimado em 169,60 milhões de sacas, equivalendo a um aumento de 0,4% em relação ao volume total exportado em 2019/20, de 168,94 milhões. Embora esteja crescendo, o consumo mundial continua 1,2% abaixo da produção. No entanto, face às perspectivas de menor produção no Brasil e de reduções em outros países, é provável que o consumo exceda a produção mundial no ano cafeeiro de 2021/22.

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