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Estoques baixos, queda na produção da Colômbia e clima no Brasil dão suporte e café termina semana com valorização

Postado em 08/09/2020

O mercado futuro do café finalizou a sexta-feira (4) com valorização para os principais contratos na Bolsa de Nova York (ICE Future US) e na Bolsa de Londres ((ICE Futures Europe). A semana foi positiva para os preços no mercado futuro após a ICE registrar os estoques mais baixos dos últimos 20 anos tanto em Nova York, como em Londres.

Em Nova York, o café arábica com vencimento em dezembro/20 teve alta de 280 pontos, valendo 134 cents/lbp, março/21 teve alta de 290 pontos, negociado por 134,55 cents/lbp, maio/21 encerrou com alta de 290 pontos, negociado por 135,40 cents/lbp e julho/21 registrou alta de 290 pontos, negociado por 136,20 cents/lbp.

“Os preços do café tiveram tendência de alta nas últimas três semanas, com a redução dos estoques. Os estoques de café arábica monitorados pela ICE na quinta-feira caíram para uma baixa de 2 anos com1,192 milhão de sacas”, destacou o site internacional Barchart.

Além dos estoques, neste pregão o café arábica teve suporte da Colômbia na formação dos preços. A Federação dos Produtores de Café da Colômbia divulgou que as exportações de café da Colômbia em agosto caíram -8%, para 1,118 milhão de sacas.

A análise do Barchart destacou ainda que o recente clima seco em Minas Gerais, a maior região produtora de café arábica do Brasil, pode levar a menores safras de café e está otimista para os preços do café. “A Somar Meteorologia disse quarta-feira que a expectativa é de chuvas limitadas nos próximos dias e que os níveis de umidade do solo mineiro estão atualmente de 20% a 30%, abaixo do nível ideal de 60% para o desenvolvimento da cultura”, afirmou.

“O café robusta está obtendo apoio de suprimentos mais restritos depois que o Departamento Geral da Alfândega do Vietnã informou no domingo que as exportações acumuladas de café do Vietnã entre janeiro e agosto caíram -1,3%”, voltou a destacar o site Barchart.

No Brasil, o mercado físico acompanhou o exterior e finalizou com valorização nas principais praças produtoras do país. “No mercado interno, após registrar novo recorde nominal de R$ 610,57/saca na segunda-feira (31/08), o indicador do café arábica passou a recuar, puxando também os preços do café conilon”, destacou o Conselho Nacional do Café em sua análise semanal.

Os indicadores calculados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) para as variedades arábica e conilon se situaram em R$ 599,29/saca e R$ 401,08/saca, apresentando, respectivamente, desvalorizações de 0,7% e 2,1%.

O tipo 6 bebida dura bica corrida teve alta de 1,64% em Poços de Caldas/MG, com preços estabelecidos por R$ 620,00. Guaxupé/MG teve alta de 0,78% negociado por R$ 642,00. Araguarí/MG teve valorização de 1,64%, valendo R$ 620,00. Franca/SP registrou alta de 0,81%, estabelecendo os preços por R$ 625,00. Patrocínio/MG manteve o valor por R$ 620,00 e Varginha/MG manteve a estabilidade por R$ 625,00.

O café tipo cereja descascado teve alta de 1,52% em Poços de Caldas/MG, valendo R$ 670,00. Guaxupé/MG registrou alta de 0,74%, valendo R$ 685,00. Patrocínio/MG manteve os preços por R$ 650,00 e Varginha/MG manteve a estabilidade por R$ 680,00.

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