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Exportação do agronegócio brasileiro recuou 10,5% em maio
por Globo Rural:
Mesmo assim setor teve participação recorde na balança comercial
As exportações do agronegócio atingiram US$ 8,64 bilhões em maio, valor 10,5% abaixo do registrado no mesmo mês do ano passado. Apesar do resultado negativo, o setor teve participação recorde na balança comercial brasileira. As importações somaram US$ 1,03 bilhão e o saldo da balança do agronegócio foi positivo em US$ 7,61 bilhões. Os dados foram divulgados ontem pela Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio (SRI), do Ministério da Agricultura.
A secretária de Relações Internacionais do Agronegócio, Tatiana Palermo, explica por meio de nota que o agronegócio foi o responsável pelo superávit de US$ 2,76 bilhões registrado na balança comercial brasileira mês passado, pois os demais setores da economia apresentaram déficit de mais de US$ 4,85 bilhões.
No acumulado dos primeiros cinco meses deste ano as exportações do agronegócio somam US$ 34,13 bilhões, volume 13,6% inferior registrado em igual período do ano passado. As importações também decresceram no período (-15,7%) para US$ 6 bilhões. O saldo comercial do agronegócio recuou de US$ 32,38 bilhões entre janeiro e maio de 2014 para US$ 28,13 bilhões entre janeiro e maio de 2015
Segundo a SRI, os setores que mais contribuíram para a retração nas exportações em maio foram complexo soja (menos US$ 384,59 milhões); carnes (menos US$ 300,47 milhões) e produtos florestais (menos US$ 127,81 milhões). Já os setores de sucos e bebidas foram os que amenizaram a redução, com crescimento de US$ 37,8 milhões e US$ 11,79 milhões, respectivamente.
Mesmo com a retração, o complexo soja foi o principal setor em termos de valor exportado, com aumento de 20,9% nos embarques em relação a maio do ano passado. O resultado se deve ao recorde mensal nas exportações de soja em grão, que atingiram 9,34 milhões de toneladas. O volume foi 22,7% superior ao exportado em maio do ano passado, mas a queda de 23,9% no preço médio provocou redução de 6,7% na receita para 3,61 bilhões.
As carnes ocuparam a segunda posição no ranking de exportações do agronegócio, com receita de US$ 1,2 bilhão em maio. As vendas externas de carne de frango foram responsáveis por 48,1% desse montante, somando US$ 574,92 milhões. Em relação a maio/2014 houve queda de 18% na receita da carne de frango, resultante da diminuição tanto na quantidade (-7,1%) quanto no preço médio (-11,7%).
No caso da carne bovina a receita das exportações em maio caiu de US$ 613,27 milhões para US$ 453,42 milhões (-26,1%), pressionada pelo recuo tanto em quantidade (-16%) como preço (-12%). A carne suína registrou aumento 17,9% no volume exportado (de 38,21 para 45,03 mil toneladas), mas a receita caiu 8,2% devido à retração do preço médio.
Na segunda posição no ranking de exportação está o setor de carnes, com US$ 1,2 bilhão. As vendas de carnes de frango foram responsáveis por 48,1% desse montante, somando US$ 574,92 milhões. O segundo produto do setor foi a carne bovina, com exportações de US$ 453,42 milhões. Ainda que com menor participação em valor exportado, o desempenho da carne suína merece destaque, com crescimento de 17,9% na quantidade embarcada em relação ao mesmo período no ano passado.
A receita das exportações do complexo sucroalcooleiro somou US$ 664,5 milhões mês passado, queda de 3%, devido à retração nas exportações de álcool (de US$ 98,67 milhões para US$ 46,61 milhões). Já o açúcar apresentou crescimento tanto em valor (de US$ 585,77 milhões em maio de 2014 para US$ 617,25 milhões em maio de 2015) quanto em quantidade embarcada (de 1,47 milhão para 1,83 milhão de toneladas).
No comércio de café houve queda de 13,7% na receita das vendas externas em maio, para US$ 483,86 milhões, em função da função da retração 2,3% no volume embarcado (de 2,693 milhões de sacas para 2,631 milhões de sacas) e do preço médio. Já o café solúvel apresentou crescimento de 1,6% em valor, em decorrência da ampliação do preço.
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