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Exportações de café da Índia aumentam devido à recuperação de preço global

por CaféPoint:

Com uma menor produção no Brasil devido à seca e ao aumento da demanda nos mercados globais, as exportações de café da Índia desde 01 de janeiro aumentaram cerca de 6% em volume e 15% em valor sobre o mesmo período do ano anterior.

De acordo com dados do Coffee Board, de 1º de janeiro até essa terça-feira, as exportações e reexportações de café foram de 46 mil toneladas, contra 43,436 toneladas no ano anterior. Em termos de valor, US$ 119,2 milhões, de US $ 103,3 milhões.

Os exportadores esperam que essa tendência crescente nos preços continue. A variedade Arábica está em US$ 137 a US$ 142 a saca (50 kg), e, em dezembro, estava em US$ 127. Três anos antes, estava em US$ 179-US$ 194 a saca.

A Índia tem sido tradicionalmente um mercado de arábica, mas os produtores mudaram ao longo dos anos para robusta, à medida que a demanda global para esta variedade aumentou – principalmente para o café instantâneo. O robusta está agora em US$ 105-US$ 108 a saca, quando em dezembro estava em US$ 93-US$ 94 (os exportadores sustentam que o robusta indiano é melhor do que o do Brasil na qualidade).

Ao longo dos últimos três anos, os exportadores passaram por momentos difíceis devido a quedas nos preços e na produção e a um aumento nos custos de produção.

Analistas esperam que os preços globais se fortaleçam ainda mais. De acordo com a Bolsa Intercontinental de Nova York, o arábica está em US $ 147,80 a libra, devendo chegar a US$ 150,35 em março e US$ 154,10 em julho. O robusta no LIFFE (Londres) deverá atingir US$ 2.158 por tonelada em março de 2017, comparado a US$ 2.163 agora, e aumentar para US$ 2.202 em julho. Em dezembro estava em US$ 2.200 a tonelada, o mais elevado em um ano, de apenas US$$ 1.400 a tonelada 12 meses antes.

Em 2016, os envios de arábica provenientes da Índia cresceram cerca de 18%, para 51.648 toneladas (43.785 toneladas em 2015). As exportações de robusta subiram cerca de 20%, para 201 mil toneladas (167 mil toneladas em 2015).

As informações são do Business Standard / Tradução por Juliana Santin

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