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Exportações de café do Vietnã devem se recuperar
por CaféPoint:
As exportações de café do Vietnã se recuperarão em 30% nessa estação, para um recorde, apoiadas pela colheita maior do que a esperada, além da liberação de grãos que foram mantidos pelos produtores por causa dos preços fracos, disseram oficiais dos Estados Unidos.
As exportações de café do Vietnã, que caíram em 22%, para 22,1 milhões de sacas na estação passada “à medida que os menores preços globais do café criaram um desincentivo para os produtores venderem”, vão se recuperar para 28,7 milhões de sacas em 3015-3016, disse o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
A estimativa para a nova estação, que começou no mês passado, representaria um recorde para o Vietnã. O país é o segundo maior exportador mundial depois do Brasil, além de bater o volume de 27 milhões de toneladas previsto pelo USDA.
“Após um ano difícil com forte competição e baixos preços mundiais em 2014-2015, as exportações de café do Vietnã deverão se recuperar em 2015-2016”. A nova estação verá o Vietnã, fonte em particular de café robusta, “ressurgir como um importante fornecedor” de grãos, quando essa posição era cumprida principalmente pelo Brasil.
Essa previsão reflete uma expectativa de que a disposição dos produtores de segurar os grãos diminuirá, mesmo com os preços estando abaixo do que os produtores normalmente seguram os grãos.
“Os produtores vietnamitas internalizaram a expectativa de receber pelo menos 40.000 dong (US$ 1,74) por quilo, antes de vender seu café para intermediários”.
Entretanto, o USDA também previu um crescimento maior na produção nessa estação do que tinha sido previsto por outras organizações, prevendo um aumento da colheita de 1,9 milhão de sacas, para 29,3 milhões de sacas – acima dos 28,6 milhões de sacas que o USDA espera oficialmente.
O Rabobank previu recentemente que a colheita desse ano será de 28,4 milhões de sacas, apesar de ter havido um aumento de 1,9 milhão de sacas em suas estimativas.
A estimativa do USDA contrasta com as previsões dentro das colheitas danificadas pela seca do Vietnã, com a Vicofa, associação de café e cacau do país, prevendo uma queda de 20% na produção graças à seca e ao aumento da idade dos cafezais do país, que reduz seu potencial de produção. Embora a Vicofa tenha a reputação de subestimar, o Ministério da Agricultura do Vietnã alertou que a seca afetou mais de 40.000 hectares de plantações de café, de uma área total de 655.000 hectares. E essa área já é cerca de 100.000 hectares menor que no ano anterior, o primeiro declínio em pelo menos uma década.
O USDA disse que “apesar das chuvas menores do que a média durante o estágio de floração do café em abril nas Planícies Centrais, os produtores são capazes de compensar as menores chuvas com irrigação que foi dividida em muitas aplicações. Isso permitiu que os produtores economizassem água e ajudassem os cafezais a receber o volume adequado durante o período de chuvas abaixo da média”.
O Rabobank disse que apesar de ter sido “muito seco” durante o período de desenvolvimento da colheita, “o amplo uso da irrigação pode evitar perda da produção”.
A seca no sudeste da Ásia é um efeito típico do El Niño, padrão climático que está ocorrendo atualmente, e deverá ter um impacto na colheita da Indonésia para 2016-2017, com as condições de seca chegando muito tarde para evitar uma forte colheita no começo desse ano.
O Rabobank previu uma “grande queda na produção” na Indonésia para a próxima colheita, com 2,5 milhões de sacas, para 10 milhões de sacas.
A equipe do USDA em Jacarta na semana passada disse que “as chuvas abaixo do normal de disseminaram na maior parte das áreas de produção de café da Indonésia no começo de julho. As produções deverão declinar na próxima estação devido ao clima seco trazido pelo El Niño”, com as áreas produtoras de robusta mais vulneráveis.
As informações são do Agrimoney/ Tradução por Juliana Santin
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