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Fábrica de cápsulas em MG para de importar e adota 100% de café do ES

por G1:

Uma fábrica de cápsulas de café, instalada em Minas Gerais, vai usar o café do Espírito Santo deixando de importar o grão do Vietnã e da Etiópia. Em entrevista ao Bom Dia Espírito Santo desta terça-feira (12), o analista do mercado de café Marcus Magalhães disse que a empresa vai usar o café arábica da região Serrana, e o Conilon, da região Norte do estado.

Marcus Magalhães disse que até esta decisão ser tomada pela fábrica não foi um processo simples. “É uma quebra de pré-conceito quanto aos cafés brasileiros e capixabas. Temos  condições de atender o mundo da melhor maneira possível. Isso foi um processo de adequação ao sistema e convencimento dos grades empresários internacionais de que o Brasil não é só um produtor de commodities, nós também produzimos café especiais”, disse Magalhães.

O especialista explicou que a aceitação do café brasileiro não tem relação com o preço e sim com o convencimento da comunidade consumidora global que tem algumas normas de beber café.

“O Brasil sempre foi conhecido, erroneamente, no passado por ser um grande produtor de café como é, mas nós temos que separar uma grande produção em nichos, nós também produzimos cafés especiais tão bons quanto o da Colômbia, Etiópia e países centro americanos. Isso tem que ser colocado à prova”, disse Magalhães.

Segundo o especialista, os cafés especiais já têm o valor agregado. A saca do café arábica custa R$ 350, o cereja R$ 580 e o finíssimo R$ 650. “Então, o produtor consegue agregar valor ao preço do café quando se tem qualidade no produto”.

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Seca

Para Magalhães, a situação climática é uma situação desafiadora para o Espírito Santo, já que o estado sofre a pior seca dos últimos anos.

“Nós tivemos um 2015 complexo, todo irregular e comprometeu a saúde e o crescimento da lavoura. Isso já compromete a safra de 2016 e de 2017. Se a árvore não cresce, não tem condições de projetar novos frutos. Teremos uma safra complicada em 2016, principalmente com reflexos no de conilon. O produtor precisa ficar ligado na qualidade do café”, alertou.

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