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Fundação Procafé: TOPOS DOS CAFEEIROS PRECISAM SER MAIS PROTEGIDOS DO ATAQUE DE BICHO MINEIRO
Fundação Procafé: TOPOS DOS CAFEEIROS PRECISAM SER MAIS PROTEGIDOS DO ATAQUE DE BICHO MINEIRO
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Fundação Procafé: TOPOS DOS CAFEEIROS PRECISAM SER MAIS PROTEGIDOS DO ATAQUE DE BICHO MINEIRO

Por: J.B. Matiello/Eng Agr Fundação Procafé e F. Santinato/ Eng Agr, Santinato e Santinato Cafés
Postado em: 13/05/21
A parte alta, o topo ou ponteiro dos cafeeiros tem sido a área de folhagem mais danificada pelo ataque do bicho mineiro. Por isso, precisa ser protegida, de forma mais cuidadosa, com as pulverizações inseticidas. Nas regiões cafeeiras com ambiente mais quente e seco, o bicho mineiro se constitui numa praga severa, causando desfolhas das plantas, prejudiciais ao desenvolvimento e produtividade dos cafezais. Nessas regiões, o controle do BM precisa ser feito de forma sistemática, combinando tratamentos de efeito preventivo, na modalidade de produtos inseticidas via solo, com aplicações foliares complementares, em pulverização. No campo, observando o ataque do bicho mineiro nas lavouras, fica logo evidente que a praga ataca bastante o topo das plantas, isto se devendo ao maior nível de insolação e calor nessa área da planta. Também, na parte alta, ocorre maior stress hídrico, seja pela maior temperatura, seja pela maior dificuldade da água chegar até ela. Lavouras muito abertas, pela mesma razão de insolação, são mais atacadas.. Por outro lado, o ponteiro dos cafeeiros não vem sendo bem atingido pela calda inseticida, aplicada na pulverização, pois os turbo-atomizadores tratorizados tem bom volume de ar e ângulos de penetração das gotas nas plantas, porém, em cafeeiros de maior porte, este ângulo de direcionamento das gotas não é capaz de atingir, adequadamente, o topo das plantas. Deste modo, nas pulverizações para o controle do BM, deve-se verificar se está havendo deposição apropriada de calda inseticida, no topo dos cafeeiros. Caso seja necessário, naquela condição de lavoura, especialmente nas plantas altas, deve ser feita adaptação no pulverizador, colocando duas saídas laterais da calda pressurizada, e, com mangueiras conectar pequenas barras, em forma de L invertido, providas de bicos, para aplicar a calda, de cima para baixo, sobre o topo das plantas. Esses bicos devem ser de maior vazão e de gotas grandes, para evitar deriva. Essas barras são mais importantes em pulverizadores com turbinas mais baixas. Tomar cuidado quando tiver galhos tombados, pois podem danificar as barras. De forma complementar, para aumentar a eficiência do controle do Bicho Mineiro, sempre que possível, usar maior volume de calda, especialmente nos produtos de “choque” e na aplicação via solo usar uma adaptação de peça dianteira (ver foto), para remover camada de folhas, aumentando o contato da calda com o solo. Ainda, é vantajoso em certos casos, mais problemáticos, soprar as folhas para o meio da rua e trinchar, para eliminar pupas e, assim, reduzir os futuros adultos e sua nova oviposição.