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Importadora aponta safra do Brasil em “situação delicada” e Bolsa de NY sobe mais de 200 pts nesta 2ª

por Notícias Agrícolas:

As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam a sessão desta segunda-feira (17) com alta de mais de 200 pontos diante da estimativa de baixa produção na safra do Brasil, que começa a ser colhida nos próximos meses. Os preços do grão também oscilaram durante o dia acompanhando o câmbio, em ajustes técnicos e com os operadores no terminal externo de olho no clima no Brasil. Com essa alta, os futuros fecharam acima do patamar de US$ 1,40 por libra-peso.

O contrato maio/17 encerrou a sessão cotado a 141,10 cents/lb com alta de 220 pontos, o julho/17, referência de mercado, registrou 143,50 cents/lb com avanço de 225 pontos. Já o vencimento setembro/17 fechou o dia com 145,75 cents/lb e valorização de 220 pontos e o dezembro/17, mais distante, também subiu 220 pontos, fechando a 149,20 cents/lb.

Mercado do café NY – 17/04

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Gráfico do mercado do café na Bolsa de Nova York nesta 2ª feira – Fonte: Investing

A importadora de café Wolthers Douque fez uma rota por lavouras de café do Brasil e várias cooperativas e concluiu que a produção coloca o mercado em uma situação delicada. As informações são da agência de notícias Reuters. “A julgar pelo que vimos e ouvimos dos produtores, os números para a próxima safra brasileira devem ser de cerca de 48 a 49 milhões de sacas”, disse a empresa.

O mercado do café arábica na ICE seguiu oscilando tecnicamente nesta segunda, mas também teve suporte do câmbio, que impacta diretamente nas exportações. A divisa recuou 1,34%, cotada a R$ 3,1044 na venda. A maior queda desde 15 de março. A moeda despencou na sessão com a atuação do Banco Central e os esforços do governo para a reforma da Previdência.

Além do câmbio, os operadores no terminal externo, segundo agências internacionais, estão de olho no clima no Hemisfério Sul, que é mais frio neste período, com a possibilidade de geadas afetarem as plantações do grão. Segundo mapas climáticos, uma frente fria avança pelo Sudeste e pode causar chuvas de moderadas a fracas entre São Paulo e Minas Gerais. Mas não há previsão de frio intenso para os próximos dias.

Na semana passada, de acordo com o analista de mercado e diretor da Comexim, nos Estados Unidos, Rodrigo Costa, o café caiu abaixo de US$ 1,40/lb com o vencimento de opções. Dessa forma, as cotações da variedade na ICE se mantém dentro de um intervalo de preços que se encontra desde o final de fevereiro.

“Fundamentalmente muitos analistas continuam apontando para um quadro global de déficit no ciclo que está para começar, sendo que um banco e uma casa corretora trabalham com uma “falta” ao redor de 4 milhões de sacas. Com estoques mundiais relativo ao consumo em níveis historicamente baixos, o espaço para perdas praticamente não existe, motivo (creio eu) que tem atraído proteções de altas constantes no “pit” de opções.”, disse Costa em relatório.

Mercado interno

Os negócios com café continuam isolados nas praças de comercialização do Brasil e os preços internos do grão seguem oscilando pouco, apesar da variação mais expressiva na sessão desta segunda-feira. A colheita do café nas principais regiões produtoras de café do Brasil começam do final de maio para junho.

O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Espírito Santo do Pinhal (SP) com saca cotada a R$ 520,00 – estável. A maior oscilação no dia ocorreu em Poços de Caldas (MG) com alta de 2,79% e saca cotada a R$ 516,00.

O tipo 4/5 anotou maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com 540,00 a saca – estável. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Poços de Caldas (MG) que teve alta de 2,48% e saca a R$ 496,00.

O tipo 6 duro anotou maior valor de negociação nas cidades de Araguari (MG) (estável) e Patrocínio (MG) (estável), ambas com saca cotada a R$ 485,00. Espírito Santo do Pinhal (SP) teve maior variação dentre as praças com alta de 2,17% e saca a R$ 470,00.

Na quinta-feira (13), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 473,27 e queda de 0,21%.

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