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Índia deve apresentar queda nas exportações em 2018

POR EQUIPE CAFÉPOINT:

Terceiro maior produtor asiático, a Índia deve apresentar uma queda em suas exportações em 2018, em decorrência do clima desfavorável e dos ataques de pragas, que interferem na produção e nos preços do café. Segundo Ramesh Rajah, presidente da Associação de Exportadores de Café, o declínio será de cerca de 5%, resultando em 240 mil toneladas exportadas em 2018.

Ano passado, o país exportou 253 mil toneladas, depois que o Conselho de Café aprovou os embarques de 386 mil toneladas. O presidente também disse que normalmente, quando a produção cai, os preços devem ser maiores. Porém, devido a um superávit global, os preços caíram no mundo todo, inclusive na Índia.

De acordo com o Departamento de Agricultura dos EUA, a produção de café no mundo deverá ser de 159,9 milhões de sacas de 60 kg em 2018. Rajah comentou que desde o ano anterior o nível de produção global está maior e os preços do café estão baixos. Os produtores indianos receberam entre 6,5 mil e 7 mil rupias indianas (US$ 101,6 a US$ 109,44) por saca de 50 kg, na safra que começou em outubro de 2017. No mesmo período do ano anterior, os cafeicultores receberam entre 9 mil e 10 mil rupias indianas (US$ 140,7 a US$ 156,35) por saca.

Segundo ele, os principais países produtores, como Brasil, Vietnã e Colômbia, tiveram boa produção, os números na Índia diminuíram, após um período de menos chuvas, principalmente na florada. Além disso, pragas atacaram algumas áreas de produção. O Vietnã e a Indonésia são os dois maiores produtores de café na Ásia.

O presidente da India Coffee Trust, Anil Kumar Bhandari, disse que para ajudar a estabilizar o preço do café indiano, é necessário aumentar a demanda doméstica. Ele comentou que o consumo per capita é de cerca de 100 gramas, enquanto em muitas outras nações está em mais de um quilo.

No país, pelo menos 40% do café arábica foi afetado no ano passado pela broca do café. O Coffee Board está em negociação com algumas empresas de biotecnologia para encontrar soluções para o ataque de pragas.

As informações são do Financial Express / Tradução: Juliana Santin

 

 

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