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Mercado de cafés especiais cresce e ganha espaço entre os consumidores

Por ABIC (Associação Brasileira da Indústria de Café) 

Postado em: 07/07/21

A mudança de comportamento é atrelada ao interesse do público por novas experiências sensoriais e gastronômicas, bem como pela seletividade na escolha do produto

Cafés especiais

Crédito: Freepik

Não é de hoje que o café encanta o olfato e o paladar dos brasileiros. Já contamos um pouco da história do grão por aqui, mostrando o quanto ele foi e é importante para a história nacional. Porém, na medida em que o setor evoluiu, novos tipos da bebida surgiram e ganharam espaço entre os consumidores, provando que a versatilidade é uma característica marcante do café.

Cafés especiais

É o caso dos cafés especiais, cuja procura aumentou devido ao interesse do público por novas experiências sensoriais e gastronômicas, bem como pela seletividade na escolha do produto. A informação é oriunda da pesquisa Cafés Especiais: Perfil e Sabor, realizada pelo Sebrae.

O crescimento da popularidade desse nicho ainda é relativamente recente, já que 52% dos profissionais envolvidos nessa cadeia produtiva atuam há, no máximo, cinco anos. Por outro lado, entre os produtores rurais, esse tipo de produto já representa em média 44% da produção total.

Carlos Melles, presidente do SEBRAE, acredita que esse mercado tem um grande potencial de expansão, apesar do ramo ser totalmente novo no país. Ele atribui essa potencialidade ao valor agregado do produto e ao entusiasmo do público por cafés diferenciados.

Confiança, parceria e regiões renomadas 

Outra informação trazida pelo levantamento do SEBRAE foi que a confiança e a parceria com o fornecedor são os principais critérios levados em consideração na hora da escolha das marcas por 86% dos proprietários de cafeterias. Já aqueles que apontam as regiões renomadas como principal fator decisivo, respondem por 39%.

O perfil mais seletivo dos consumidores aumenta o interesse do mercado em produzir cafés com mais qualidade e com maior variedade. Um exemplo disso são os produtos orgânicos e os que possuem selos de Indicação Geográfica. Dentre os produtores, apenas 25% possuem registro de IGs na propriedade.

“A tendência é que haja um incremento desses fatores pois há um mercado consumidor mundial ávido por produtos diferenciados”, afirma Melles.

Jovens são mais sensíveis à transformação

Crédito: Freepik

Na proporção por faixa etária dos profissionais envolvidos nessa cadeia produtiva, os jovens se destacam. Na produção rural, 16% dos representantes têm até 35 anos. Já no grupo dos baristas, esse número salta para 57%. Eles reconhecem com mais facilidade a mudança de comportamento do consumidor e, também, manifestam uma maior preocupação em relação à origem do produto.

As mulheres também despontam no mercado de cafés especiais. De acordo com a pesquisa do Sebrae, o público feminino representa 41% dos profissionais das cafeterias, 39% entre os baristas e 30% entre os produtores rurais.

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