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Mercado do arábica encerra semana com alta acumulada próxima de 2% na Bolsa de Nova York
por Notícias Agrícolas:
O mercado do arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) encerrou a semana com alta acumulada de quase 2%, com o vencimento julho/18, referência de mercado, acima de US$ 1,22 por libra-peso mesmo com queda hoje (1º). As oscilações durante a semana ocorreram com operadores de olho nas informações sobre a safra do Brasil e câmbio.
No mercado interno, os negócios seguiram lentos em meio aos reflexos da greve dos caminhoneiros e o feriado ontem no Brasil.
Nesta sexta-feira, o vencimento julho/18 registrou 122,75 cents/lb com queda de 95 pontos e o setembro/18 anotou 124,95 cents/lb com baixa de 95 pontos. Já o contrato dezembro/18 fechou o dia com 128,45 cents/lb e desvalorização de 100 pontos, enquanto o março/19, mais distante, fechou com recuo de 95 pontos, a 131,90 cents/lb.
Apesar do feriado “Memorial Day” na segunda-feira (28) nos Estados Unidos e do “Corpus Christi” nesta quinta-feira (31) no Brasil, o mercado do arábica teve mais uma semana de ganhos. A previsão de frio em áreas produtoras brasileiras foi o principal fator de suporte. Na quinta-feira, inclusive, já havia possibilidade de geada.
“Áreas de cultivo no Sul de Minas Gerais registraram temperaturas bastante frias a ponto de danificar a colheita na semana passada, mas quase não houve relatos de prejuízos. As temperaturas estão modestas nesta semana, mas podem cair com o frio que está vindo”, disse em relatório o analista da Price Futures Group, Jack Scoville.
Algumas previsões apontam frio para áreas produtoras, mas o centro da massa de ar frio deve ficar mais intenso apenas para o Rio Grande do Sul. Além disso, áreas produtoras do Brasil podem receber chuvas nos próximos dias com o avanço de uma frente fria. Algumas lavouras de Minas Gerais tiveram perdas com geadas nos últimos dias.
A Reuters informou durante a semana que essas informações climáticas impulsionaram algumas compras. Além disso, reflexos da greve dos caminhoneiros também foram acompanhados. De acordo com o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café), o país deve deixar de exportar 900 mil sacas de 60 kg de café neste mês de maio em decorrência dos protestos, com um prejuízo de até R$ 560 milhões.
Em parte da semana, mais do lado baixista, o mercado do arábica também repercutiu no mercado, como nesta sexta. O dólar comercial encerrou o dia com alta de 0,80%, cotado a R$ 37667 na venda, no maior nível desde o dia 7 de março de 2016, após Pedro Parente deixar a Petrobras. Na semana, a moeda subiu 2,68%. As oscilações cambiais impactam diretamente nas exportações da commodity e repercutem nos preços externos.
“A demissão gera dúvidas sobre a continuidade das políticas ortodoxas do governo”, afirmou o economista-sênior do Banco Haitong, Flávio Serrano, para a Reuters.
Operadores disseram para a Reuters internacional que a perspectiva da safra brasileira segue favorável. O Escritório brasileiro do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) estimou recentemente a produção de café no Brasil em até 60,2 milhões de sacas de 60 kg, um incremento de 18% ante a temporada anterior. Já a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) aponta produção de 58 milhões de sacas no país.
Mercado interno
O mercado brasileiro de café foi impactado nesta semana ainda pelos reflexos da greve dos caminhoneiros na semana passada e o feriado de “Corpus Christi”, que ocorreu nesta quinta-feira (31). Além disso, produtores estão atentos aos trabalhos de colheita que, segundo o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP) também está em ritmo lento. “O clima desfavorável em algumas regiões e a greve dos caminhoneiros dificulta as atividades”, disse em nota.
O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação no dia em Guaxupé (MG) com saca a R$ 520,00 e alta de 1,96%. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Espírito Santo do Pinhal (SP) com alta de 2,13% e saca a R$ 480,00.
O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca cotada a R$ 500,00 e alta de 4,17%. Foi a maior oscilação no dia dentre as praças.
O tipo 6 duro anotou maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com saca a R$ 487,00 e alta de 2,10%. A maior oscilação no dia dentre as praças verificadas ocorreu em Franca (SP) com avanço de 3,19% e saca a R$ 485,00.
Na quarta-feira (30), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 456,63 e queda de 0,12%.
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